Mais vinho e fruta. Produções agrícolas deverão ser as melhores em décadas
Vinha, tomate e batata deverão aumentar produtividade em 10%. Já o girassol deverá crescer 5%, enquanto o milho para grão vai manter-se após cinco anos consecutivos de quebras.
Há anos que não se via uma produção agrícola assim. Da vinha, aos frutos secos, passando pela maçã, pelo pêssego ou pelo tomate, as previsões agrícolas sinalizam que se aproximam aumentos na produtividade. Já no milho, a quebra que se vivia há cinco anos deverá chegar ao fim.
“As previsões agrícolas, em 31 de julho, apontam para aumentos de produtividade, face à campanha anterior, na maioria dos frutos frescos e nas vinhas para vinho. Na maçã e no pêssego, a floração e o vingamento dos frutos decorreram em condições bastante favoráveis, prevendo-se rendimentos unitários ao nível dos mais elevados das últimas décadas“, revela o relatório publicado esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatíticas (INE).
Na amêndoa, a entrada em produção das novas plantações também fez aumentar significativamente a produtividade. A situação que, “provavelmente, deverá repetir-se ao longo das próximas campanhas”. Quanto à vinha, o INE antecipa um aumento de 10% face à vindima de 2018.
Igualmente, a colheita de tomate para a indústria (que começou na última semana de julho) indica um aumento de produtividade de 10%, “com os frutos a apresentarem boa coloração vermelha, valorizada pela indústria“. No caso da batata de regadio, a variação positiva esperada é também de 10%, enquanto no girassol será de 5%.
Nas culturas de primavera e verão, “prevê-se a manutenção da área semeada de milho para grão, após cinco anos consecutivos de redução”, aponta ainda o relatório. Também no arroz se prevê a manutenção do rendimento unitário da campanha anterior, com registo de problemas de salinidade nas águas de rega.
As colheitas estão a receber uma ajuda da meteorologia. Julho foi um mês seco, com um valor médio da precipitação de 5,9 mm, cerca de 43% da normal, enquanto a temperatura do ar foi normal e houve bastante vento. “Estas condições meteorológicas permitiram a realização dos trabalhos agrícolas, quer manuais quer mecanizados, e favoreceram, duma forma geral, o desenvolvimento das culturas instaladas”, diz o INE.
Apesar disso, nem todas as plantações foram beneficiadas. Em sentido contrário, nos cereais de outono e inverno, cuja colheita está maioritariamente concluída, a produção deverá ficar abaixo das 200 mil toneladas. A verificar-se, a quantidade representa uma quebra de 11% face à produção registada em 2018.
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