Ministro da Economia destaca potencial de crescimento dos metalúrgicos
Decorre em Paris a maior feira de subcontratação industrial do mundo. Portugal faz-se representar por 88 empresas, naquela que é a maior representação portuguesa de sempre.
O ministro da Economia destacou esta quarta-feira o grande dinamismo do setor metalúrgico e metalomecânico que se pode repercutir no aumento das exportações, que atualmente já se cifram nos 15 mil milhões de euros. Manuel Caldeira Cabral, que está em Paris a visitar a MIDEST, maior feira mundial de subcontratação industrial — e onde estão presente 88 empresas nacionais, naquela que é a maior representação portuguesa de sempre –, adiantou, em declarações ao ECO, que “este setor é um dos principais setores exportadores nacionais” O que levo daqui é que estão a tentar crescer e a reforçar a sua presença nos mercados internacionais”, garantiu.
Caldeira Cabral frisou que “esta enorme presença em Paris das empresas portuguesas, com a maior comitiva de sempre, demonstra o grande potencial do setor que já exporta 15 mil milhões de euros”. O ministro destacou ainda que o setor da subcontratação industrial é responsável por um volume de negócios de 6 mil milhões de euros, sendo que metade desta valor é para exportações diretas.
"Esta enorme presença em Paris das empresas portuguesas, com a maior comitiva de sempre, demonstra o grande potencial do setor que já exporta 15 mil milhões de euros.”
Caldeira Cabral destacou o facto de “muitas destas empresas estarem aqui pela primeira vez levam-nos a crer que as exportações do setor poderão aumentar”. O ministro salientou ainda a “procura por parte dos empresários por novos mercados”, não querendo deixar de registar ” o forte crescimento que as exportações registam em mercados como a França e a Alemanha”.
O ministro fez ainda questão de salientar a atenção que o setor tem dado à Indústria 4.0, tendo já processos de inovação, investigação e mão-de-obra qualificada que poderão implicar um crescimento das exportações.
“Muitas destas empresas estão a desenvolver projetos de investimento com base no incremento da inovação e de melhores tecnologias”, adiantou, acrescentando que “é um setor que, em Portugal, se afirma cada vez mais, tem boa engenharia, é muito competitivo e tem capacidade de resposta rápida em tempos curtos”.
Os empresários presentes na feira viram com bons olhos a deslocação do ministro ao evento uma vez que é visto como um sinal de apoio “a um setor que é forte mas relativamente desconhecido dos portugueses”.
Já a AIMMAP, associação do setor, afirma que a presença na maior feira do mundo de subcontratação visa “fortalecer a imagem das empresas de subcontratação industrial, produtoras essencialmente de peças técnicas com elevada engenharia e inovação para diversos setores, como o automóvel, a aeronáutica, ou a energia nuclear”.
Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP, adianta em comunicado que a associação em conjunto com as empresas associadas “tem trabalhado no sentido de promover este segmento na Europa e no Mundo, resultando numa clara mudança de perceção dos clientes relativamente à qualidade da produção industrial do país”. Campos Pereira refere que “Portugal tem-se posicionado cada vez mais, como um player global que se destaca no mercado devido à capacidade de produção de pequenas séries de alto valor acrescentado”.
"Tem trabalhado no sentido de promover este segmento na Europa e no Mundo, resultando numa clara mudança de perceção dos clientes relativamente à qualidade da produção industrial do país.”
Para facilitar a divulgação e promoção do metal português, foi criada a marca METAL PORTUGAL que está presente na feira.
O subcontratação industrial em Portugal que, segundo dados do INE, é responsável por um volume de faturação de 6 mil milhões de euros — com 3 mil milhões de euros destinados às exportações –, caracteriza-se ainda por empresas de alto valor acrescentado, fortemente inovadoras e com uma incorporação de engenhara de alta qualidade em todo o processo industrial.
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