BCP ajuda bolsa a conquistar uma das melhores sessões na Europa
Queda dos juros da dívida abriu apetite dos investidores pelo risco. Ganhou a bolsa portuguesa e, sobretudo, o BCP, cujas ações voltaram a acelerar mais de 5%. Draghi voltou a encarar Super Mario.
Está tudo à espera que o Banco Central Europeu (BCE) anuncie esta quinta-feira o prolongamento dos estímulos à região. E foi nesse otimismo que os juros da dívida dos governos da Zona Euro apresentaram uma forte baixa ao longo da sessão de hoje. Com destaque para Portugal, onde a correção das yields foi a mais acentuada entre os pares europeus. Com este alívio no risco português, a bolsa de Lisboa protagonizou um dos melhores desempenhos no Velho Continente.
O principal índice português, o PSI-20, fechou a subir 1,9% para 4.573,92 pontos, na melhor sessão em cinco meses, com nota para a aceleração de 5,86% das ações do BCP. As ações do banco liderado por Nuno Amado acumulam um ganho de 10% só nas últimas duas sessões, acompanhando o sentimento positivo do setor europeu perante a confiança de que o BCE se comprometa com uma extensão do programa de compra de ativos, para lá de março do próximo ano, na reunião desta semana.
O melhor desempenho pertenceu à Pharol, cujas ações dispararam mais de 9% para os 19 cêntimos, embora tenham sido mais decisivo o contributo das supercotadas nacionais: a Galp somou 2,75%, a Jerónimo Martins valorizou 1,8% e a EDP ganhou mais de 1%.
PSI-20 acelera com BCE
“O BCP, que foi novamente um dos melhores performer da sessão, tendo beneficiado da subida generalizada dos bancos italianos que se alastrou aos demais componentes do DJStoxx Banks”, referiram os analistas do BPI no Comentário de Fecho. “No mercado da dívida, assistiu-se a uma descida das yields da República, mas esse movimento só beneficiou as ações mais sensíveis às taxas de juro (como a EDP e a EDP Renováveis) na fase inicial da sessão. As yields a 10 anos portuguesas negociaram em torno dos 3,52%”, explicaram ainda.
"O BCP, que foi novamente um dos melhores performer da sessão, tendo beneficiado da subida generalizada dos bancos italianos que se alastrou aos demais componentes do DJStoxx Banks. No mercado da dívida, assistiu-se a uma descida das yields da República, mas esse movimento só beneficiou as ações mais sensíveis às taxas de juro (como a EDP e a EDP Renováveis) na fase inicial da sessão. As yields a 10 anos portuguesas negociaram em torno dos 3,52%.”
Fora do índice de referência, a Impresa registou hoje uma correção de 2%, depois de ter disparado 25% nas últimas duas sessões, depois de o CEO da Nos, Miguel Almeida, ter revelado que vai responder com a mesma moeda caso a Altice compre a TVI, numa declaração que deixou o mercado a especular em relação a um eventual interesse da Nos na dona da SIC.
No cenário europeu, Milão acelerou 2,1% e registou a melhor sessão na Europa, num clima de enorme apetite comprador entre os investidores europeus. Frankfurt fechou em alta de 1,96% e Paris avançou 1,36%.
(notícia em atualizada às 16h59 com mais cotações)
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