Cristas vê tendência de voto à esquerda. E diz que isso “é um risco”

  • ECO
  • 10 Setembro 2019

Assunção Cristas admite que existe uma inclinação do voto à esquerda e deixa um alerta: a concretização de um desenho parlamentar mais desequilibrado seria um risco.

Ainda que não dê crédito às sondagens que indicam que a direita portuguesa sofrerá, em outubro, a pior derrota de sempre, Assunção Cristas admite que existe uma tendência de voto à esquerda, considerando que tal representa um risco, já que abriria a porta, por exemplo, a uma revisão constitucional “completamente à esquerda”. Em entrevista à Antena 1, a presidente do CDS-PP frisa ainda que não antevê um cenário de crise política depois da ida às urnas.

“Para quem acha que as sondagens podem fazer sentido, olhem com atenção e vejam que o que poderemos vir a ter é uma inclinação para a esquerda. Há quem fale até de dois terços do Parlamento à esquerda. Eu com toda a franqueza não me acredito, porque acho que em Portugal há muita gente a pensar de maneira diferente”, sublinha Cristas.

Ainda assim, a centrista salienta que, a concretizar-se esse desenho parlamentar, Portugal viveria então “uma situação inédita de um grande desequilíbrio”, que possibilitaria, por exemplo, uma revisão constitucional “completamente à esquerda”. “De facto, veríamos o país completamente virado à esquerda com grande risco”, afirma a deputada.

Sobre o modo como o resultado da ida às urnas se refletirá na formação do próximo Executivo, Assunção Cristas sublinha que, à esquerda, “quem se entendeu no passado, entende-se no futuro com muita facilidade”. Ou seja, os cenários de divergência entre o PS, BE e PCP são uma “dramatização normal de António Costa”, que não impediriam uma nova geringonça. “Nós sabemos que, no dia a seguir às eleições, [PS, BE e PCP] entender-se-ão todos ou em parte, se for necessário”, reforça.

Já quando a eventuais acordos à direita, a líder do CDS-PP descarta, mais uma vez, um entendimento pré eleições com o PSD e sublinha que a força que o seu partido tiver, depois de 6 de outubro, será para “somar no espaço político de centro direita”.

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