Reunião da Antram com Sindicato de Matérias Perigosas foi “muito proveitosa”
À saída da reunião, tanto André Martins como Francisco São Bento destacaram o bom ambiente entre as partes e garantiram uma fiscalização apertada dos horários e fugas ao fisco.
A primeira reunião do Sindicato de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) com a Antram, após a suspensão da greve que deveria ter tido início a 7 de setembro, com intermediação do Governo decorreu de forma serena e “muito proveitosa”. Patrões e motoristas garantiram à saída do encontro que será feita, a partir de agora, uma maior fiscalização dos horários de trabalho, ficando ainda a intenção de fiscalizar potenciais fugas ao fisco.
À saída do encontro, o porta-voz da Antram deu conta que “a Segurança Social e a ACT [Autoridade para as Condições de Trabalho] se mostraram totalmente disponíveis para discutir do ponto de vista técnico e do ponto de vista da regulação qualquer alteração necessária ao setor“. Segundo André Martins, em declarações transmitidas pela RTP3, entre as propostas de negociação em cima da mesa está o cumprimento do contrato coletivo de trabalho, os horários de trabalho ou valor das ajudas de custo.
Do ponto de vista dos patrões, é justificável que o valor das ajudas de custo para os trabalhadores deslocados seja mais “avultado”, mas André Martins adianta que essa questão só será discutida com mais pormenores daqui a cerca duas semanas, num grupo de trabalho técnico que contará também com a presença da Segurança Social e da ACT.
Em consonância com o representante dos patrões está Francisco São Bento, presidente do SNMMP, que considera que “a luta que os trabalhadores deste setor têm vindo a travar ao longo deste últimos meses valeu a pena”. Também São Bento destaca o “compromisso da ACT e da Segurança Social” para levar as negociações a bom porto, nomeadamente no que toca a evitar os excessos de carga horária “que têm vindo a ser implementados aos trabalhadores” e a regular e fiscalizar as possíveis fugas de impostos.
Os motoristas de matérias perigosas estiveram em greve de 15 a 17 de abril, repetiram a paralisação de 12 a 18 de agosto, em luta por progressões salariais, e ameaçaram paralisar novamente em setembro, desta vez apenas ao trabalho suplementar, afetando os serviços fora das oiro horas diárias e fins de semana e feriados. As negociações entre o SNMMP e a Antram deverão ser retomadas daqui a cerca de 15 dias.
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