MP diz que Azeredo Lopes teve “exercício perverso” de funções
Os procuradores estão convencidos do papel central do ex-ministro Azeredo Lopes na encenação da recuperação do material militar roubado em Tancos.
O Ministério Público (MP) está convencido de que Azeredo Lopes teve um papel central na recuperação do armamento roubado dos Paióis Nacionais de Tancos e critica o ex-governante pelo “exercício perverso” de funções públicas.
O ex-ministro da Defesa do atual Governo arrisca mesmo vir a ser acusado de participação ativa na encenação da Polícia Judiciária Militar (PJM) para recuperar as granadas, explosivos e munições furtadas, de acordo com a Renascença. A acusação do Caso Tancos está pronta e deverá ser divulgada esta semana, segundo a mesma rádio.
Na tese dos procuradores, o então ministro da Defesa soube da encenação da PJM e nada fez para a impedir, usando-a para benefício político próprio e do Governo em geral, num momento em que o Executivo estava debaixo de críticas devido aos trágicos incêndios de outubro de 2017.
Além disso, a Renascença escreve que o ex-ministro terá participado ativamente na encenação através de declarações aos órgãos de comunicação social, para convencer a opinião pública das capacidades da PJM. Em contrapartida, o ex-ministro deveria ter dado conhecimento dos factos ao MP, que dirigia as investigações ao roubo do armamento militar.
Termina sexta-feira, dia 27 de setembro, o prazo para os procuradores deduzirem a acusação. Se não o fizerem, terão de libertar o principal arguido, que está em prisão preventiva.
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