Tesouro vai emitir dívida de curto prazo apenas uma vez até ao final do ano
IGCP anunciou que vai realizar um leilão de bilhetes do Tesouro a 16 de outubro. É o último deste ano, mas poderá ainda realizar colocações de obrigações do Tesouro.
O programa de financiamento de Portugal para o último trimestre do ano prevê apenas mais uma emissão de títulos de curto prazo. Na dívida mais longa, os leilões também terão montantes mais limitados, segundo o planeamento divulgado esta terça-feira pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP.
“No próximo trimestre, o IGCP prevê emissões de OT [obrigações do Tesouro] através de leilões, sendo esperadas colocações de 750 a 1.000 milhões de euros por leilão“, anunciou a agência liderada por Cristina Casalinho.
Como é habitual, os leilões destas obrigações poderão ser realizados à segunda ou quarta-feira de cada mês após anúncio do montante indicativo e linhas de OT a reabrir até três dias úteis antes da respetiva data de leilão. Assim, ainda não é conhecida a data das colocações. O montante indicativo — entre 750 e 1.000 milhões de euros — fica 250 milhões abaixo do indicativo para os primeiros três trimestres do ano.
No que diz respeito a bilhetes do Tesouro (BT), haverá apenas uma colocação até ao final do ano. A 16 de outubro, o IGCP vai realizar um leilão duplo de títulos a três e a 11 meses. Na colocação de BT que atingem as maturidades a 17 janeiro de 2020 e a 18 de setembro de 2020, o Tesouro pretende captar entre 1.000 e 1.250 milhões de euros.
“O IGCP acompanhará ativamente a evolução das condições de mercado, podendo introduzir ajustamentos às presentes linhas de atuação“, acrescenta o Tesouro, que tem beneficiado do ambiente de baixas taxas de juro para se financiar com custos mais reduzidos.
O programa de financiamento é conhecido no mesmo dia em que o Bando de Portugal anunciou que a dívida pública subiu para 252,1 mil milhões de euros em agosto. O agravamento da dívida pública trata-se de uma inversão de tendência depois de dois meses seguidos a descer e acontece apesar de as contas públicas terem apresentado um excedente de 420 milhões de euros.
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