Wall Street em mínimos de um mês com produção industrial a pressionar
Os mercados dos EUA estão em mínimos de um mês. Os fracos resultados registados na atividade industrial confirmaram o impacto da guerra comercial na economia americana.
Com a atividade industrial norte-americana em mínimos de dez anos, Wall Street abriu, a terceira sessão da semana, em terreno negativo. A pressionar os mercados está também a reunião entre Pequim e Washington que está marcada para a próxima semana e que terá como tema central as relações comerciais, bem como a iminente divulgação dos resultados registados no terceiro trimestre do ano pelas várias empresas.
O índice de referência, o S&P 500, abriu a recuar 0,65% para 2.921,10 pontos e, pouco depois, já caía mais de 1%. A mesma tendência está a verificar-se no industrial Dow Jones — que abriu a desvalorizar 0,69% para 26.388,63 pontos e já está a descer mais de 1% — e pelo tecnológico Nasdaq — que abriu a descer 0,73% para 7.850,87 pontos e já está a recuar mais de 1%. De acordo com a Reuters, estes três índices norte-americanos estão em mínimos de um mês.
Esta evolução dos mercados dos Estados Unidos fica a dever-se aos dados económicos que foram conhecidos na terça-feira e que indicam que a atividade industrial está em mínimos de dez anos. Isto quando se esperava a tendência inversa. Estes resultados industriais confirmam que a economia norte-americana já está a sofrer com a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, que se está a prolongar. Há receio, portanto, de que este conflito comercial esteja a colocar “areia na engrenagem” da economia global, explica o Millenium BCP, no comentário de abertura.
Na terça-feira, o instituto que mede o pulso à saúde fabril nos EUA adiantou que, no último mês, o indicador de atividade industrial do país caiu para 47,8 pontos, um mínimo desde 2009, depois de em agosto já ter caído para abaixo da marca dos 50 pontos, nível que separa a contração da expansão. “O que é difícil de contestar é que o setor industrial global está em recessão“, disse Jim Reid, especialista do Deutsche Bank, citado pela Reuters.
A pressionar ainda mais os mercados está também a reunião entre Pequim e Washington que poderá definir o futuro da relação comercial entre estas duas potências. O encontro deverá acontecer na próxima semana e está a deixar os investidores expectantes. Expectantes estão também em relação aos resultados registados pelas várias empresas norte-americanas no terceiro trimestre do ano, que devem ser divulgados também na próxima semana.
A acrescentar a este sentimento está a nota de que as empresas dos Estados Unidos geraram menos emprego do que estava previsto. Em setembro, devem ter sido criados 140 mil empregos, valor que compara com os 195 mil criados em agosto, avança a Reuters.
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