Novos donos da Partex “não têm cultura de despedir pessoas”
Numa entrevista, o presidente da Partex tranquilizou os trabalhadores que receiam despedimentos com a entrada de um novo acionista: "Não têm a cultura de despedir pessoas", garantiu.
O presidente da Partex garante que o novo acionista não tem “cultura de despedir pessoas”. Uma declaração que surge depois de uma semana em que os trabalhadores da petrolífera, até aqui detida pela Fundação Gulbenkian, tentaram travar em tribunal a venda da empresa ao grupo estatal tailandês PTT Exploration and Production (PTTEP).
“Quando olho para a PTTEP, eles não têm a cultura de despedir pessoas. São muito meticulosos. Estudaram a Partex longamente. De todas as companhias internacionais que participaram no processo, foram os que colocaram mais questões. Fizeram uma radiografia completa”, disse António Costa Silva, numa entrevista conjunta ao Dinheiro Vivo e à TSF.
Apesar desta posição, o especialista, com longa carreira ligada ao setor, reconhece que “estes processos são sempre complicados” e, por isso, compreende “a ansiedade dos trabalhadores”. “Mas a PTTEP foi a melhor escolha para a Partex”, defendeu, considerando que é preciso “respeitar” a decisão da Fundação Gulbenkian de “não investir mais no petróleo e no gás”. Nesse sentido, disse não ver risco em a Partex vir a continuar a ser da Gulbenkian: “Para mim, a Fundação Gulbenkian é passado. Já estou a olhar para o futuro.”
António Costa Silva abordou ainda, na mesma entrevista, o tema da transição energética, afirmando não achar “justo demonizar os combustíveis fósseis”. “Evidentemente que houve excessos, sobretudo na questão das emissões de CO2 [dióxido de carbono], mas o carbono é a molécula da vida. Não podemos descarbonizar o planeta”, afirmou. O dióxido de carbono é um gás com efeito de estufa e tem sido apontado pelos cientistas como um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
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