Caixa fecha venda do banco em Espanha e anuncia aliança com Abanca nos mercados internacionais

Paulo Macedo está esta segunda-feira em Madrid para fechar a venda do espanhol Banco Caixa Geral. Banco português anuncia acordo de cooperação com Abanca para colaborar nos mercados internacionais.

Ao mesmo tempo que fechou a venda do Banco Caixa Geral ao Abanca, por 384 milhões de euros, o banco estatal português anunciou um acordo de cooperação comercial com os espanhóis para trabalharem juntos no mercado ibérico e nos mercados internacionais onde os dois grupos bancários detêm presenças diretas.

Paulo Macedo, presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), encontra-se esta segunda-feira em Madrid para concluir o processo de venda da subsidiária espanhola, num negócio que gerou uma mais-valia de 135 milhões de euros para a instituição portuguesa. A cerimónia contou ainda com a presença de Juan Carlos Escotet, presidente do Abanca.

“Fica assim cumprido um dos principais compromissos da CGD ao abrigo do mencionado plano estratégico, permitindo fortalecer de forma assinalável a sua capitalização”, informa o banco português em comunicado enviado esta manhã ao mercado.

“A CGD irá continuar a trabalhar com o objetivo de cumprir integralmente os objetivos do plano estratégico. Além da racionalização do negócio internacional, a CGD tem também como objetivos a redução da sua estrutura de custos e do volume de ativos não-performantes do seu balanço, de forma a melhorar a sua rentabilidade”, acrescenta ainda.

Para lá do impacto no lucro do semestre, que foi revisto em alta de 282 milhões para 417 milhões, a alienação do BCG teve ainda um impacto positivo de cerca de 110 pontos base no rácio CET 1 da CGD, “sendo que 30 p.b. já foram refletido nas contas consolidadas de junho de 2019, em resultado da valorização estimada desta participação”. “Os restantes 80 p.b. resultam da desalavancagem desta participação”, indica o banco português.

Macedo e Escotet aproveitaram o negócio para anunciar um acordo de cooperação comercial entre os dois bancos. Visa não só assegurar a migração da atual carteira de clientes do BCG para a esfera o Abanca, mas também “define os termos em que as duas partes irão colaborar em várias áreas de negócio, nos segmentos de empresas e de particulares com atividade no mercado Ibérico e nos mercados internacionais onde os dois grupos bancários detêm presenças diretas“.

“A CGD continuará fortemente empenhada no apoio às empresas portuguesas com atividade no mercado ibérico, através da sua representação comercial, do acordo de cooperação com o Abanca e da sua rede de correspondentes, com a oferta completa e já atualmente disponível de produtos e serviços de apoio à internacionalização”, diz o banco português.

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