“É desonesto eu pagar um aval quando a Maló Clinic pode mas não quer”
Paulo Maló, fundador da Malo Clinic, diz que "neste momento não há processos de execução". Diz-se revoltado, criticando a Malo Clinic por não pagar quando pode fazê-lo.
Paulo Maló, fundador da Malo Clinic, foi afastado após a venda da clínica dentária ao fundo Atena Equity Partners, numa altura em que o fundo obteve um perdão de dívida no valor de 40 milhões de euros ao abrigo de um Processo Especial de Revitalização (PER). Saiu, mas tem os credores, nomeadamente o Novo Banco e a Caixa Geral de Depósitos (CGD), através do Banco Nacional Ultramarino, atrás de si. Diz-se revoltado, afirmando que a Malo Clinic “pode pagar mas não quer”.
Em declarações ao Expresso (acesso livre), o empresário diz que “neste momento não há processos de execução”, mas tem os dois bancos atrás de si para cobrarem avales pessoais dados para obter financiamento de ambas as instituições. O Novo Banco aceitou perdoar cerca de metade de uma dívida superior a 51 milhões de euros, já a CGD reclama 6,9 milhões de euros.
“Fui avalista de boa fé em conjunto com a empresa. Se a empresa fugir às suas responsabilidades (como tem feito desde que o fundo [Atena Equity Partners] tomou a empresa), a começar com o PER – Processo Especial de Revitalização, eu serei chamado a pagar o aval que dei à empresa”, diz Paulo Maló.
“Estamos a negociar. Vamos ver se chegamos a acordo. Certamente é desonesto eu pagar um aval para a empresa quando a empresa pode pagar mas não quer”, acrescentou ao Expresso.
O fundador das clínicas diz que o “aval foi feito para garantir um empréstimo para a Malo Clinic! A Malo Clinic também é avalista. O processo PER distorce as responsabilidades porque dá a possibilidade à Malo Clinic de fugir ao pagamento [da sua dívida]. A Malo Clinic tem capacidade para pagar. O PER é pura ganância“.
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