Miguel Maya tem três pedidos para o novo Governo
Estabilidade política, previsibilidade nos impostos e mudança nas contribuições para o Fundo de Resolução. São estes os três pedidos do presidente do BCP, Miguel Maya, para o Governo e o Parlamento.
Miguel Maya não costuma fazer comentários sobre a vida política do país. Mas o presidente do BCP abriu esta terça-feira uma exceção para fazer três pedidos ao novo Governo e também aos partidos da oposição: estabilidade política, previsibilidade nos impostos e mudanças nas regras de contribuição para o Fundo de Resolução nacional.
“Como sabem, não faço comentário político mas hoje tenho vontade de fazer três pedidos ao Governo e à oposição”, começou por dizer Miguel Maya na conferência “Banca do Futuro”, organizada pelo Jornal de Negócios, e que decorreu esta manhã em Lisboa.
“O primeiro é estabilidade. É muito importante a estabilidade. Nós, o setor financeiro, beneficiámos muito da estabilidade destes últimos anos e, portanto, precisamos de mais quatro anos de grande estabilidade”, referiu o presidente do BCP.
Depois, Miguel Maya pediu ao Executivo previsibilidade porque é essencial para o investimento. “Em teoria económica o tema da previsibilidade é essencial para a gestão de expectativas e para a gestão do investimento. É muito importante que haja previsibilidade sobre o sistema fiscal, de tudo o que tenha a ver com o enquadramento normativo, isto é, as regras têm de ser conhecidas para dar confiança às pessoas para poderem investir”.
É muito importante que haja previsibilidade sobre o sistema fiscal, de tudo o que tenha a ver com o enquadramento normativo, isto é, as regras têm de ser conhecidas para dar confiança às pessoas para poderem investir.
Em terceiro lugar, o presidente do BCP pediu ao Governo e à Assembleia da República uma alteração às regras de contribuição para o Fundo de Resolução nacional, considerando o atual esquema “desajustado”. No seu entender, é preciso “encontrar uma solução para o tema dos 47 milhões de euros que o BCP paga todos os anos para o Fundo de Resolução nacional”.
“A solução não pode passar por endossar essa responsabilidade para os contribuintes. Isso é claríssimo para mim. Agora este fardo tem de ser suportado por todos os operadores que fazem transações financeiras sobre clientes portugueses, estejam eles sediados em Berlim ou em França, Espanha ou Portugal”, afirmou Miguel Maya.
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