Défice comercial de bens culturais agravou-se em 2015
O saldo comercial de bens culturais continua a ser negativo. Ou seja, há défice entre as exportações e as importações portugueses no que toca a setor, um número que se agravou em 2015, face a 2014.
Portugal continua a importar mais bens culturais do que a exportar. As notícias em relação a 2015 são ainda piores: as exportações diminuíram 23% face a 2014 e as importações aumentar 1,8%. Esta evolução traduz-se num agravamento do défice comercial de bens de 26,6%, tendo passado de 74,1 milhões para 93,8 milhões de euros de 2014 para 2015.
Os números são negativos para o comércio internacional de bens culturais. Foi principalmente a descida das exportações deste tipo de bens que agravou o défice comercial entre Portugal e o exterior. “Em 2015, a taxa de cobertura das importações pelas exportações foi de 37,8%, significando uma descida de 12,1 pontos percentuais face ao ano anterior”, escreve o INE.
A maior fatia de exportações — mais de metade do total (58,%) — é através da venda ao exterior de livros, brochuras e impressos semelhantes. Em 2015 este item representou 33,5 milhões de euros. Destaca-se ainda a venda de esculturas, dentro da categoria de objetos de arte, de coleção ou antiguidades. No total o valor exportado nesta categoria foi de 11,6 milhões de euros.
Do lado das importações verifica-se o mesmo destaque para os livros, brochuras e impressos semelhantes, ao lado dos jornais e publicações periódicas, ambos vindos maioritariamente de países da União Europeia (94,1% do total). As duas categorias juntas representam 110 milhões de euros importados, sendo que no total foram importados 150,7 milhões de euros. Os restantes 40 milhões de euros dividem-se em instrumentos musicais, suas partes e acessórios (16,8%), objetos de arte, de coleção e antiguidades (3,9%), os DVD’s (3,4%) e os CD’s e discos compactos (3,3%).
Editado por Mónica Silvares
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