Costa põe Ana Mendes Godinho a liderar concertação social. Siza Vieira ajuda
A Economia assumiu um papel mais relevante na orgânica do Governo, mas Costa manteve o modelo tradicional. Será a ministra do Trabalho a presidir ao fórum onde se sentam patrões e sindicatos.
António Costa decidiu delegar competências em Ana Mendes Godinho para presidir às reuniões de concertação social sempre que o primeiro-ministro não estiver presente, tendo Pedro Siza Vieira ficado com a responsabilidade de apoiar a ministra do Trabalho, Solidariedade e da Segurança Social, disse ao ECO fonte oficial do gabinete do chefe do Executivo. É neste fórum que será discutida a política de rendimentos, onde está incluído o aumento do salário mínimo nacional que o Governo quer elevar até 750 euros nesta legislatura.
Na orgânica do Governo, o primeiro-ministro atribuiu ao ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital mais peso político. Não só porque subiu a ministro de Estado, mas também porque passou a ser número dois do Governo. Os empresários receberam a promoção de Siza Vieira com agrado.
Mas apesar de Siza Vieira assumir maior protagonismo dentro do Executivo, o modelo que será usado para atribuir as competências formais de delegação de poderes na concertação social será o mesmo que é habitualmente utilizado pelos executivos. Quem tem a delegação de competências do primeiro-ministro é quem tem a pasta do Trabalho e da Segurança Social. Na legislatura anterior era Vieira da Silva que presidia à concertação em representação do Governo.
O Governo quer dar prioridade à política de rendimentos e Costa quer um acordo para breve. Segundo o Público, Siza Vieira foi chamado para as negociações e acrescentava que as conversas com patrões e sindicatos envolveriam também o Ministério das Finanças.
No domingo, Costa anunciou que para a semana quer ouvir os parceiros sociais em sede de concertação social, dando assim o pontapé de saída para chegar a um acordo sobre política de rendimentos.
No discurso de tomada de posse, o primeiro-ministro explicou que “o salário mínimo nacional evoluirá em cada ano, ouvidos os parceiros sociais em função da dinâmica do emprego e do crescimento económico”, mas acrescentou que o Governo tem “o objetivo de atingir os 750 euros em 2023”, naquela que foi a grande novidade do Programa de Governo. No entanto, Costa quer um acordo mais alargado de rendimentos, tendo já defendido salários mais altos para os trabalhadores mais qualificados.
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