Airbus investe 40 milhões em fábrica em Santo Tirso. Cria 240 postos de trabalho
A Stelia Aerospace, uma empresa do universo Airbus, vai investir 40 milhões de euros na abertura de uma nova linha de montagem em Santo Tirso. Prevê criar 240 postos de trabalho.
A Stelia Aerospace, uma empresa do universo Airbus que produz aeroestruturas, assentos de piloto e de passageiros, vai investir 40 milhões de euros na abertura de uma nova linha de montagem em Santo Tirso, no distrito do Porto. Prevê criar 240 postos de trabalho, “30 dos quais altamente qualificados”, avançou a Aicep esta terça-feira.
A nova unidade vai desenvolver “as atividades de assemblagem de subconjuntos de estruturas aeronáuticas, as quais serão depois exportadas para as unidades da Stelia Aerospace de Méaulte e Rochefort, em França, para aí serem integradas”. “A atividade começará no final deste ano e aumentará progressivamente para atingir a velocidade cruzeiro até 2023”, lê-se no comunicado.
A notícia deste investimento tinha sido avançada pelo semanário Expresso no sábado, mas não se conhecia o nome do investidor nem os detalhes da operação.
Para o primeiro-ministro António Costa, “a decisão de investimento da Stelia Aerospace em Portugal é confirmação inequívoca da elevada competitividade que o cluster aeronáutico nacional já atingiu”.
“Este investimento, num setor de elevado potencial, contribuirá certamente para o aprofundamento de parcerias industriais, mas induzirá também a cooperação ao nível da investigação e desenvolvimento, essenciais para dar resposta aos novos desafios que o futuro do setor aeronáutico nos apresenta. Esta decisão é o reconhecimento da qualidade do talento português como principal fator de atração de investimento em Portugal e que devemos continuar a investir na qualificação da nossa mão-de-obra”, acrescenta António Costa.
"A decisão de investimento da Stelia Aerospace em Portugal é confirmação inequívoca da elevada competitividade que o cluster aeronáutico nacional já atingiu.”
A Stelia Aerospace fatura 2,2 mil milhões de euros por ano e emprega 7.000 funcionários em todo o mundo: 4.500 trabalhadores em França, 2.500 na América do Norte, Tunísia e Marrocos. É uma das empresas líderes mundiais no campo das infraestruturas aeronáuticas, assentos de piloto e assentos de passageiros da classe executiva e primeira classe. A empresa projeta e fabrica as secções de fuselagem dianteiras para todo o grupo Airbus, bem como as secções de fuselagem e subconjuntos específicos para Airbus, asas totalmente equipadas para ATR, fornecendo ainda a Boeing, a Bombardier, a Embraer e a Northrop-Grumman.
Segundo a Aicep, a empresa escolheu Portugal devido à “sua relevante experiência no setor aeronáutico, a disponibilidade de talento, a integração na Zona Euro e a proximidade geográfica com as localizações francesas da Stelia Aerospace, permitindo uma otimização dos fluxos logísticos”.
“Isso permitirá absorver potenciais aumentos de atividade dos nossos clientes, e assim enfrentar melhor os desafios de amanhã, num mundo cada vez mais competitivo”, destaca o CEO da Stelia Aerospace, Cédric Gautier.
O Expresso adiantou no fim de semana que há vários anos que Portugal perseguia este projeto. Superou a concorrência de vários países europeus, incluindo Espanha. Já na reta final o país venceu a corrida a dois concorrentes do Leste europeu.
(Notícia atualizadas às 14h41)
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