Estas serão as competências mais procuradas em 2020
Um mindset de aprendizagem e capacidade de trabalhar em equipa serão apenas duas das competências mais procuradas em 2020. A Hays revela as skills do futuro e explica porquê.
Num mundo de transformação digital e de aceleração, a exigência de competências digitais nos futuros candidatos é cada vez maior. Simultaneamente, aumenta a necessidade das designadas soft skills, que na previsão do futuro se consideram ser “decisivas” para o recrutamento e para o desenvolvimento dentro de uma organização.
O desafio para as organizações será, por isso, conseguir enquadrar as soft skills e as competências digitais. “Estamos a falar de gerações com educações e com disposição também ao digital completamente diferentes, o que faz com que as empresas tenham uma necessidade cada vez maior de pessoas com soft skills cada vez mais evoluídas“, explica ao ECO Carlos Maria, regional director da Hays.
As competências associadas ao digital não devem dissociar-se dos outros temas importantes dentro das organizações, tais como “o employer branding, a criação de equipas de comunicação interna, os valores, a cultura, a responsabilidade social“, alerta Carlos Maria. “As empresas estão a transformar-se numa lógica de negócio, mas também na tal comunicação interna e externa. O marketing é muito mais direto, por isso o crescimento no digital está a ser um crescimento notório em todos os setores”, acrescenta.
Capacidade de trabalhar em equipa procura-se
O Guia do Mercado Laboral 2020, da Hays, revela que no próximo ano, os empregadores vão dar mais valor à apetência para trabalhar em equipa — é a competência que surge em primeiro lugar, com 56% das respostas. “Provavelmente um reflexo de uma cultura empresarial global que valoriza cada vez mais a colaboração e a partilha de ideias entre os seus colaboradores”, lê-se no documento. Em segundo lugar surgem as competências técnicas, seguindo-se a ética e valores, a proatividade e a capacidade de trabalho. Entre as menos valorizadas, encontram-se a experiência internacional, referida apenas por 4% dos empregadores, a rede de contactos e a diplomacia.
A inteligência emocional também está entre a competência mais procurada, hoje e no futuro próximo.
"O mercado tem vindo paulatinamente a mudar com mais orientação para o candidato. Começa a haver um desequilíbrio grande entre a procura de profissionais e a oferta, e o mercado começa a pender mais para o candidato”
“Não é por acaso que capacidade de trabalhar em equipa surge em primeiro lugar. Claramente, as empresas estão a sentir uma mudança do paradigma de trabalho, o que está a afetar a sua cultura organizacional. Há necessidade da cultura [organizacional] ser mais colaborativa, para integrar uma nova geração, com novos valores”, sublinha Carlos Maia. “Estas soft skills dirigem-se aos millennials e à geração Z e até às gerações anteriores que remontam aos baby boomers, porque estão a consolidar-se na capacidade de trabalhar em conjunto”, acrescenta.
“O mercado tem vindo paulatinamente a mudar com mais orientação para o candidato. Começa a haver um desequilíbrio grande entre a procura de profissionais e a oferta, e o mercado começa a pender mais para o candidato“, garante o regional director da Hays.
As dez competências mais procuradas até 2022 são…
Na próxima década, a inteligência artificial e a data analytics vão constituir grande parte de qualquer local de trabalho. De acordo com a plataforma de e-learning norte-americana Udemy, citada pelo Yahoo Finance, há dez competências que serão cada vez mais procuradas até 2022: um mindset de crescimento, criatividade, concentração, capacidade de inovar e comunicar, storytelling, consciência cultural, liderança, pensamento crítico, liderança e inteligência emocional.
“Será cada vez mais importante os colaboradores adotarem um mindset de aprendizagem contínuo e estarem abertos à mudança“, reafirma o relatório.
Na tecnologia, refere o mesmo artigo, as competências de IT também surgem entre as mais procuradas para 2020, revela a Hays. No topo das prioridades estarão os engenheiros e especialistas na área de data science, e os especialistas nos softwares SQL, R e Python. Haverá ainda grande procura por especialistas em aplicações de machine learning como por exemplo a Microsoft AZ-900, Express Framework, e ainda Scrum Master, administradores certificados em Salesforce, Azure Logic, Flutter, Visual Studio Code e malware.
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