Altice vende 49,99% da rede de fibra ótica à Morgan Stanley

A Altice Europe vendeu 49,99% da rede de fibra ótica em Portugal à Morgan Stanley Infrastructure Partners. Empresa espera um encaixe de 1.565 milhões de euros em 2020.

A Altice Europe vendeu à Morgan Stanley Infrastructure Partners quase metade da rede de fibra ótica que tem em território nacional, num negócio que avalia agora a rede em 4,63 mil milhões de euros. Com esta transação, que deverá estar concluída no primeiro semestre do próximo ano, a Altice espera um encaixe de 1.565 milhões de euros em 2020.

Já há vários meses que a Altice estava em conversações com potenciais compradores para vender esta posição na rede de fibra ótica, mas o futuro dono desta participação está escolhido. Com esta transação acordada com a Morgan Stanley Infrastructure Partners, a Altice vai receber, para além dos 1.565 milhões em 2020, mais 375 milhões de euros em dezembro de 2021 e outros 375 milhões em dezembro de 2026, lê-se no comunicado.

De acordo com a Altice, esta é a primeira vez na Europa que um “operador histórico de telecomunicações separa a sua rede de fibra ótica”. Com esta operação, vai ser criada a “única empresa de fibra verdadeiramente nacional na Europa”, capaz de dar um “importante impulso ao mercado português de telecomunicações e à economia portuguesa”.

A Altice Portugal FTTH, empresa criada com a assinatura deste acordo, vai vender serviços aos operadores de telecomunicações em Portugal “com as mesmas condições financeiras”, refere o documento. Por sua vez, a Meo “venderá serviços técnicos à Altice Portugal FTTH para a construção, conexão e manutenção da rede de fibra”.

“Estou muito satisfeito pelo facto de a nossa parceria com a Morgan Stanley Infrastructure Partners — iniciada no contexto da nossa transação das torres portuguesas em 2018 –, agora continuar com um projeto de fibra transformacional”, diz Patrick Drahi, fundador da Altice, citado em comunicado.

“Esta transação fantástica com os nossos parceiros de longa data da Morgan Stanley Infrastructure Partners vai acelerar a desalavancagem do grupo”, continua o responsável, referindo que este negócio vai “abrir caminho para operações de refinanciamento significativas em 2020, o que permitirá acelerar o programa de redução de juros da dívida”.

(Notícia atualizada às 8h15 com mais informação)

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