Bloco de Esquerda critica PM por não abrir caminho a negociações no Orçamento
Em reação à mensagem de Natal do primeiro-ministro, Luís Fazenda sublinhou palavras decepcionantes de António Costa por se centrarem no mono tema da saúde.
A mensagem de Natal de António Costa foi, para a esquerda, “dececionante”. Luís Fazenda disse esta noite, em declarações transmitidas em direto pelas televisões, que as palavras do primeiro-ministro, que decidiu dedicar a sua mensagem da quadra apenas ao tema da Saúde,
O discurso do primeiro-ministro, considera a esquerda, “peca por pouco substancial: tudo depende da execução orçamental do próximo ano haver um reforço na saúde. E mesmo nesse setor urge uma negociação com os partidos à esquerda” para as medidas que necessitam ser tomadas e que passam por temas como taxas moderadoras, contratações, entre outros.
“Faz-se necessário que, para além de admitir a suborçamentação no setor, que haja uma negociação com os partidos à esquerda do Governo, que até agora tem agido como se fosse um participante sozinho neste processo orçamental: elaborou, expõe, escolhe a temática a trazer a público mas não te negociado o que quer que seja de substancial com os partidos à sua esquerda”, sublinhou o bloquista.
O fundador do Bloco de Esquerda sublinhou a importância de António Costa “reconhecer a crónica suborçamentação do setor” mas acrescentou que o “orçamento é uma resposta ao país, que não deve ser apenas centrada na saúde. Esse orçamento é insuficiente em muitas áreas”, assinalou o responsável bloquista.
De acordo com Luís Fazenda e, apesar de não ter obtido uma maioria absoluta nas últimas legislativas”, António Costa “tem agido como participante sozinho”. “A maioria absoluta foi algo que os portugueses não aceitaram nas últimas legislativas. Mas essa mensagem de Natal não passou. Ao que parece, a mensagem é monotemática, limitada e não deixa expectativas algumas a um Orçamento do Estado que possa abrir caminho a negociação. Prevemos descontinuidades e ruturas. Esta mensagem é dececionante”, assinalou.
Também Cecília Meireles, do CDS, reagiu à mensagem de Natal do primeiro-ministro, sublinhando que se o “reconhecimento do muito que correu mal na saúde e nos hospitais portugueses” é importante, “não vimos António Costa assumir própria responsabilidade ou do Governo” nessa matéria.
“O CDS espera que se vejam promessas e que sejam tornadas realidade. A prioridade têm de ser os portugueses”, assinalou.
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