Bolsa de Lisboa ganha quase 1% na “estreia” em 2020. BCP brilha

Metade das cotadas do índice nacional seguem com ganhos superior a 1% na primeira sessão do ano. O banco liderado por Miguel Maya, um dos mais penalizados no ano passado, lidera subidas.

Os festejos do novo ano ainda se fazem sentir, agora na bolsa. Após um ganho de 10% em 2019, o índice principal PSI-20 segue a ganhar 0,80% para 5.256,22 pontos, com nove das 18 cotadas a subirem mais de 1%. A estrela é mesmo o BCP — uma das cotadas penalizadas no ano passado — que dispara 4% para máximos de novembro.

O banco liderado por Miguel Maya é o título que mais sobe no PSI-20, tendo já chegado a negociar nos 21,35 cêntimos por ação na primeira sessão do ano, depois de ter desvalorizado 11,63% em 2019. Apesar dos lucros, o ano passado foi de dificuldades para o BCP devido aos juros em mínimos históricos do Banco Central Europeu e a multa da Autoridade da Concorrência.

Além do BCP, também as empresas do setor do papel e pasta de papel — que fecharam 2019 na linha de água — seguem em alta. A Altri avança 1,76%, enquanto a Navigator sobe 1,62% e a Semapa 1,02%. No retalho, a Jerónimo Martins (que foi a estrela do índice em 2019) soma 1,02% e a Sonae 0,93%.

A exceção em Lisboa é o setor da energia. A EDP Renováveis perde 0,76% (para 10,42 euros por ação), enquanto a EDP cede 0,31% (para 3,85 euros) e a Galp Energia segue inalterada nos 14,90 euros por ação.

PSI-20 segue em alta na primeira sessão do ano

O sentimento positivo no PSI-20 reflete a tendência internacional. “Entrámos com o pé direito no novo ano, após um 2019 altamente satisfatório tanto para as bolsas (Stoxx 600 +23,2%, S&P 500 +28,9%, Nasdaq 100 +38,0%, Nikkei 225 +18,2%) como para as obrigações (+8,9% EUA e +7,5% Europa)”, referem os analistas do Bankinter.

Apontam para o anúncio de que o banco central chinês cortou em 50 pontos base o coeficiente de reserva dos bancos, o que irá libertar 115 mil milhões de dólares para novos créditos à economia. Além disso, as praças asiáticas também receberam com entusiasmo as declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, de que a assinatura do acordo comercial com a China está prevista para 15 de janeiro.

Na Zona Euro é “um dia com poucas referências macroeconómicas”, onde o PMI Industrial final não traz surpresas. Neste cenário, o Stoxx 600 ganha 1%, enquanto o alemão DAX soma 0,75%, o francês CAC 40 avança 1,2% e o espanhol IBEX 35 sobe 1,5%. Também os futuros em Wall Street sinalizam o sentimento positivo.

As bolsas continuarão a ser o ativo mais atrativo, impulsionadas por uns resultados empresariais decentes e por menores incertezas (guerra comercial, Brexit…), num ano altamente condicionado pelas eleições norte-americanas (a 3 novembro)”, acrescenta o Bankinter.

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