IKEA diz ‘adjö’ ao plástico descartável e aposta na venda de palhinhas de papel e talheres de madeira
Atualmente, mais de 60% da gama de produtos IKEA já é feita a partir de materiais renováveis e, até 2030, a cadeia sueca tem como objetivo terminar com a dependência de matérias-primas fósseis.
Depois de em janeiro de 2018 se ter tornado proprietária em Portugal do parque eólico do Pisco, na região da Guarda, com 25 turbinas, 50 MW de capacidade instalada e uma produtividade anual de 156 GWh, o equivalente à eletricidade consumida por cerca de 115 mil portugueses e o suficiente para evitar a emissão para a atmosfera de 52 toneladas de dióxido de carbono, a IKEA anunciou agora que vai deixar de vender artigos de plástico descartável nas suas lojas.
Em substituição, a cadeia sueca vai passar a vender palhinhas, copos e pratos de papel proveniente de florestas geridas de forma sustentável a sua gama de decoração para a casa, bem como talheres (garfos, colheres e facas) produzidos a partir de madeira obtida de forma responsável, informou a empresa em comunicado.
O objetivo é a eliminação progressiva dos produtos de uso único em plástico de toda a gama IKEA, e a nível global. “A partir deste momento, todos os artigos de utilização única — como palhinhas, talheres, copos e pratos em plástico descartável – deixam de ser vendidos e são substituídos por soluções feitas a partir de fontes 100% renováveis. Os materiais plásticos disponíveis nos restaurantes, bistros e cafés IKEA estão a ser substituídos por alternativas descartáveis mais sustentáveis”, lê-se no mesmo comunicado.
Ana Barbosa, responsável pela área de sustentabilidade da IKEA Portugal, sublinhou ainda: “Queremos ter um impacto positivo não só nas pessoas, mas também no nosso planeta. E, por isso, temos uma preocupação permanente com o ambiente. Desta forma, eliminar o plástico descartável da nossa gama de decoração em casa e dos nossos restaurantes, cafés e bistros, é um passo importante para ajudar os nossos clientes e a nossa empresa a contribuir para um mundo sem desperdício”.
Em paralelo, como parte da sua estratégia global de sustentabilidade — Pessoas Positivas, Planeta Positivo — “a IKEA ambiciona, até 2030, que todo o plástico usado na sua gama de artigos seja feito com materiais renováveis ou reciclados. A ambição é contribuir para um mundo sem desperdício e ajudar as pessoas a fazerem escolhas mais sustentáveis em suas casas”.
Atualmente, mais de 60% da gama de produtos IKEA já é feita a partir de materiais renováveis e, até 2030, a cadeia sueca tem como objetivo terminar com a dependência de matérias-primas fósseis.
A nível global, a empresa comprometeu-se com a aplicação de 1,7 mil milhões de euros em energias renováveis, com investimentos em energia eólica no Canadá, Suécia, Dinamarca, França, Alemanha, Finlândia, Polónia, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Lituânia, Bélgica e Portugal. Ao todo são 441 turbinas eólicas que têm como objetivo produzir tanta energia renovável quanto a energia consumida pelas operações do Grupo Ikea.
Além disso, o investimento do grupo em energias renováveis concretizou-se, nos últimos anos, pela instalação de mais de 11 000 painéis solares fotovoltaicos na cobertura das suas lojas em edifício próprio – Alfragide, Matosinhos, Loures e Loulé. Com este projeto, 98% da energia produzida pelos painéis solares é incorporada pelas unidades de retalho, representando 25% do total da energia consumida por cada loja.
No total, a IKEA Portugal emprega cerca de 2.500 colaboradores e recebe cerca de 16,7 milhões de visitas anualmente nas lojas físicas e 34 milhões online.
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