Discovery vai investir 21 milhões para abrir novos hotéis este ano
A marca vai reabilitar e inaugurar novos hotéis este ano, num investimento total de 21 milhões de euros. Responsáveis dizem-se focados no mercado nacional.
A Discovery Hotel Management (DHM) vai investir 21 milhões de euros em hotéis, este ano. A marca criada a partir de um fundo da Explorer Investments, que se dedica a comprar ativos tóxicos, para depois os recuperar, valorizar e vender, conta abrir dez novas unidades hoteleiras em Portugal, a maioria localizada em zonas recônditas do país.
Entre as várias aberturas e reabilitações que a DHM vai fazer este ano, serão, ao todo, cerca de 1.860 quartos. O principal, que abre portas no verão, num espaço de 11 hectares, é o Évora Farm Hotel, no qual a marca vai investir 4,7 milhões de euros. Numa primeira fase, o hotel abrirá com 57 quartos, piscina exterior e interior, jardins, ginásio e spa, restaurante e salas de reuniões. Numa fase posterior serão inauguradas 20 vilas.
Mais a sul, em Castro Marim, o Praia Verde Boutique Hotel vai reabrir em março, com 40 novos quartos, num investimento de cerca de 800 mil euros. Também no Algarve, uma das apostas da marca é o Vila Monte Farm House, com um milhão de euros investidos na renovação e abertura do Vila Indigo, cujos únicos três quartos, piscina e jardins privados serão dedicados a um público mais premium, com noites a rondar os 2.000 euros.
Mas um dos maiores investimentos da DHM vai ser feito na renovação integral do antigo Alpinus Hotel, no valor de sete milhões de euros. Esta unidade abrirá portas com uma nova identidade e, por isso, com um novo nome: The Patio Suite Hotel. Em Albufeira, o Éden Resort, muito procurado por turistas britânicos, vai receber um investimento de quatro milhões de euros para renovação das áreas comuns.
No centro do país, a DHM vai reabilitar o Monte Real Hotel & Spa e o Palácio da Lousã Boutique Hotel, num investimento total de 3,5 milhões de euros, que servirá para completar as renovações. Este último será transformado numa unidade bike-friendly.
“Os estrangeiros são importantes, mas apostamos muito no mercado nacional”, diz Francisco Moser, managing director da DHM.
Recuperar ativos em dificuldades, valorizá-los e vendê-los
O lema é (quase sempre) ir no sentido contrário ao das cadeias hoteleiras de referência, revelam os responsáveis Francisco Moser e Rodrigo Roquette. “O nosso trabalho é recuperar ativos que estão em dificuldades, valorizá-los e, mais tarde, pô-los à venda no mercado”, explica Rodrigo Roquette, diretor de marketing, num encontro com jornalistas, admitindo mesmo que, “um dia, a marca irá diluir-se e vender os ativos que tem a operadores hoteleiros ou fundos de investimento”.
Entre os ativos que a DHM procura estão, sobretudo, ativos tóxicos, normalmente nas mãos da banca, resultado de insolvências ou penhoras. E na carteira, que tem atualmente 44 ativos avaliados em cerca de 900 milhões de euros, a marca hoteleira tem vários hotéis, a maioria localizados em zonas pouco estratégicas. O primeiro hotel abriu portas em 2013 e, este ano, vão a caminho do 18.º. “Queremos hotéis informais, com qualidade e ambientes criativos, onde as pessoas sintam a diferença”, diz Rodrigo Roquette.
Na hora de recuperar os imóveis, que normalmente estão em mau estado de conservação, todo o processo de reabilitação fica a cargo da DHM, independentemente de terem sido realizadas parcerias com marcas hoteleiras para desenvolver essas mesmas unidades. Assim, para este ano, a marca estima um investimento de cerca de 21 milhões de euros em novas remodelações ou aberturas.
No ano passado, de acordo com o Atlas da Hotelaria elaborado pela Deloitte, a DHM é o 10º maior grupo hoteleiro em Portugal, representando um crescimento de quatro posições face a 2018. Este desempenho vem em linha com o crescimento de 12% nas receitas, que totalizaram 53 milhões de euros, enquanto os lucros aumentaram 19%.
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