Insolvências estão a cair, mas Portugal continua no top

As insolvências caíram 14% em 2019. Apesar da quebra, Portugal é dos países com maiores níveis de insolvência entre os países vizinhos. A criação de novas empresas regista um crescimento de 8,4%.

O número de insolvências em Portugal está a cair. No ano passado, as insolvências tiveram uma quebra de 14% face a 2018, perfazendo um total de 5.071 empresas, mas o país continua a registar dos níveis mais elevados entre os países vizinhos. Ao mesmo tempo, a criação de novas empresas acelera.

Portugal fechou o ano com 5.071 empresas em insolvência, menos 817 do que em 2018 (5.888 insolvências), revela o Economic Outlook da Iberinform. Apesar da quebra, a economia portuguesa continua a registar os níveis de insolvência mais elevados entre os países vizinhos, sendo apenas superada por Espanha.

Lisboa e Porto lideram por distrito, com 1.042 e 1.228 insolvências respetivamente. Em relação a 2018, Lisboa apresenta uma diminuição superior a 33%, enquanto o Porto apresenta uma diminuição de 12,3%.

Já os distritos com reduções mais significativas foram: Castelo Branco (-40,6%), Vila Real (-35,8%), Évora (-35,5%) e Guarda (-34,3%). Houve ainda quatro distritos que tiveram aumentos nas insolvências, com Braga a liderar com um aumento de 24% em comparação com o ano passado.

Os setores com maiores quebras em termos de insolvência em 2019 foram a indústria extrativa (-50%), seguida da eletricidade, gás e água (-39,1%), comércio por grosso (22,5%), outros serviços (-21,9%) e comércio a retalho (-21,7%). Os aumentos surgem nas áreas das telecomunicações (20%), agricultura, caça e pesca (8,2%) e indústria transformadora (7%).

Nasceram 49.193 novas empresas em 2019

Ao mesmo tempo que as insolvências encolhem, a criação de novas empresas está a acelerar. Foram criadas 49.193 novas empresas no ano passado, o que representa um crescimento de 8,4% face ao ano transato.

Lisboa foi a cidade que registou o maior número de novas empresas, 126.691, representando um aumento de 4,5% face ao período homólogo, Ainda assim, é foi no distrito da Horta onde foram registados os maiores aumentos (33,3%), seguida de Castelo Branco (23,9%) e Bragança (20%). Em sentido inverso, Évora e Portalegre registaram quebras de 3,9% e 0,7%, respetivamente.

Segundo o estudo da Iberinform, Transportes (111,8%), Eletricidade, Gás e Água (59,5%) e Indústria Extrativa (33,3%) foram os setores que registaram um maior número de novas empresas. Em contraciclo, esteve a indústria transformadora com uma queda de 0,4%.

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