Portugal a menos de um ponto percentual de atingir meta para energia renovável
Subiu para 18% a fatia de energia renovável no bolo de toda a energia consumida pela União Europeia. De acordo com o Eurostat, em Portugal, essa fatia está nos 30,3%, a menos de um ponto da meta.
De toda a energia consumida, em 2018, na União Europeia, 18% veio de fontes renováveis, mais 0,5 pontos percentuais do que no ano anterior. Este é o valor mais alto registado no bloco comunitário, pelo menos, desde 2004, avança o Eurostat, esta quinta-feira. Em Portugal, a fatia de energias renováveis no bolo total fixou-se nos 30,3%, ficando a menos de um ponto percentual da meta estabelecida para 2020 pelo Executivo.
“O reforço da fatia de energias renováveis é essencial para que a União Europeia atinja os seus objetivos relativos ao clima e à energia“, sublinha o Eurostat, na nota divulgada esta quinta-feira. De notar que o objetivo comunitário é que 20% do consumo energético até 2020 venha de fontes renováveis. Até 2030, a União Europeia quer ver essa fatia aumentar para 32%. Tudo somado, em 2018, o bloco europeu estava então a dois pontos percentuais de atingir a meta traçada para 2020.
Nesse ano, entre os 28 Estados-Membros, 12 já tinham concretizado as metas traçadas nacionalmente: a Bulgária (atingiu uma fatia de 20,5%, quanto o objetivo era 16%), a República Checa (atingiu uma fatia de 15,1%, quanto o objetivo era 13%), a Dinamarca (atingiu uma fatia de 36,1%, quanto a meta era 30%), a Estónia (atingiu uma fatia de 30%, quanto o objetivo era 25%), a Grécia (18%), a Croácia (atingiu uma fatia de 28%, quanto a meta era 20%), a Itália (atingiu uma fatia de 17,8%, quanto o objetivo era 17%), a Letónia (atingiu uma fatia de 40,3%, quanto a meta era 40%), a Lituânia (atingiu uma fatia de 24,4%, quanto o objetivo era 23%), o Chipre (atingiu uma fatia de 13,9%, quanto o objetivo era 13%), a Finlândia (atingiu uma fatia de 41,2%, quanto o objetivo era 38%), e a Suécia (atingiu uma fatia de 54,6%, quanto o objetivo era 49%).
Além disso, quatro outros países europeus estavam a menos de um ponto percentual das suas metas nacionais, nomeadamente Portugal.
No caso luso, em 2018, de todo o consumo energético 30,3% veio de energias renováveis, ficando a 0,7 pontos percentuais da meta fixada para 2020 (31%). Apesar de estar perto de concretizar o seu objetivo, Portugal tinha vindo a registar um recuo dessa fatia de energia renováveis: em 2016 estava nos 30,9%, em 2017 desceu para 30,6% e em 2018 voltou a recuar para 30,3%. Ainda assim, Portugal ocupava a sexta posição entre os membros da União Europeia.
De notar ainda que, segundo o Eurostat, nove dos Estados-membros estavam de um a quatro pontos percentuais de distância das metas. Os mais afastados do seu objetivo eram a Holanda (a 6,6 pontos percentuais), França (a 6,4 pontos percentuais), Irlanda (a 4,9 pontos percentuais), Reino Unido (a quatro pontos percentuais) e Eslovénia (a 3,9 pontos percentuais).
8% dos transportes movidos a energias renováveis
De acordo com dados também publicados pelo Eurostat esta quinta-feira, 8% da energia usada para alimentar meios de transporte na União Europeia vieram de fontes renováveis, em 2018. Tal representa um aumento de 0,9 pontos percentuais face aos 7,1% registados em 2017.
Na comparação homóloga, 21 dos 28 países europeus viu esta fatia subir; dois outros Estados-membros ficaram estáveis e cinco verificaram um recuo.
Face a esta evolução, a Suécia fixou-se como o país europeu com a maior fatia de energia renovável no setor dos transportes (29,7%), seguida pela Finlândia (14,1%), pela Áustria (9,8%) e pela Holanda (9,6%). Do outro lado do espetro, destaque para a Croácia, para a Grécia e para a Estónia, onde o consumo de energia renovável neste setor ficou abaixo dos 4%. Portugal conseguiu fixar-se no sexto lugar da tabela europeia, com uma fatia de renováveis de 9,04%.
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