Revive: Grupo Turim vai transformar Paço Real de Caxias num hotel
A concessão do Paço Real de Caxias, em Oeiras, foi adjudicada a uma empresa da cadeia hoteleira Turim, que vai ficar a pagar uma renda anual de 216 mil euros.
O concurso para a reabilitação do Paço Real de Caxias foi concluído e o projeto para a construção de um hotel com 120 quartos foi adjudicado a uma empresa do Grupo Hotéis Turim, foi divulgado este sábado.
Segundo um comunicado do gabinete do ministro de Estado, da Economia e Transição Digital, este concurso realizou-se no âmbito da 12.ª adjudicação do Programa Revive e o valor anual da renda a pagar pela adjudicatária é de 216 mil euros. A empresa já apresentou os documentos de habilitação, que foram aceites pelo Turismo de Portugal, estando agora reunidas as condições para ser assinado o contrato de concessão dos edifícios.
Na altura de abertura de concurso, o imóvel recebeu três propostas de concessão, e o ECO sabe que uma delas era do Grupo Vila Galé, que já detém a concessão do Convento de São Paulo, em Évora.
O Paço Real de Caxias, situado em Oeiras, possui uma localização em frente à linha de costa, foi construído em meados do século XVII, por iniciativa do Infante D. Francisco de Bragança, e veio a ser concluído pelo rei D. Pedro V, que o utilizou como residência de férias da família real. Inicialmente incluía a quinta, os jardins geométricos de influência francesa, inspirados nos do Palácio de Versalhes, e a cascata da segunda metade do século XVIII.
Destacam-se ainda diversas esculturas nos jardins, os tetos pintados e os azulejos azuis e brancos na fachada do edifício principal. A área bruta total de construção é cerca de 5.816,93 metros quadrados, que permitirá a instalação de um hotel com cerca de 120 quartos neste local classificado com Imóvel de Interesse Público desde 1953.
Este foi o 12.º imóvel a ser adjudicado no âmbito do Programa Revive, uma iniciativa que prevê a reabilitação de edifício públicos em unidades turísticas. Até ao momento foram lançados concursos relativos a 20 imóveis, encontrando-se aberto o concurso para a concessão do Palacete dos Condes Dias Garcia, em S. João da Madeira. Brevemente será lançado o concurso da concessão do Forte da Barra de Aveiro, em Ílhavo.
As 12 concessões adjudicadas no Revive representam mais de 100 milhões de euros de investimento privado na recuperação de imóveis públicos e mais de dois milhões de euros em rendas anuais, acrescenta.
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