BEI. Financiamento destinado à ação climática subiu para 31% do volume total
De acordo com o presidente do Grupo BEI, agora que a Europa coloca uma ênfase especial na ação climática, o banco da UE decidiu reforçar o seu papel de “banco do clima” da União Europeia.
O financiamento do Grupo Banco Europeu de Investimento (BEI) aumentou 13% em 2019, para mais de 72.000 milhões de euros, face a 2018, enquanto as operações subiram 28%, indicou hoje a instituição financeira da União Europeia.
O financiamento do BEI no exterior da União Europeia reforçou-se, tendo o total da década subido para quase 70.000 milhões de euros, dos quais aproximadamente 22.000 milhões destinaram-se à África, segundo os resultados anuais apresentados em Bruxelas e citados pela agência de informação financeira Bloomberg.
A fatia do financiamento destinado à ação climática subiu para 31% do volume total do financiamento concedido pelo BEI, o que sublinha “o compromisso do banco em desempenhar um papel decisivo no Pacto Ecológico Europeu e na luta contra o aquecimento global”, foi referido na apresentação.
Na ocasião, o presidente do BEI, Werner Hoyer, considerou que o banco “é mais relevante do que nunca para a ação climática e para a competitividade da Europa”.
“O banco da UE teve um bom desempenho nos mercados, o que prova a existência de uma forte procura dos seus produtos”, realçou o responsável, adiantando que “soube também conquistar o apoio dos Estados-membros para enfrentar e superar o desafio do ‘Brexit’ [saída do Reino Unido da União Europeia]”.
Num ano de grandes desafios, o Grupo BEI “excedeu as suas próprias metas (…), apesar das incertezas e dos atrasos associados ao ‘Brexit’ e à necessidade de os restantes Estados-membros da UE chegarem a um acordo, na passada primavera, relativamente à substituição da participação do Reino Unido no capital” do banco, segundo o balanço realizado.
O financiamento concedido pelo Grupo BEI em 2019 sustenta um investimento total aproximado de 280.000 milhões de euros na Europa e no resto do mundo, representando um acréscimo de 50.000 milhões face ao ano anterior.
“Conseguimos abranger e apoiar um número mais elevado de projetos de menor dimensão que contribuem para a prosperidade na Europa e não só”, frisou Werner Hoyer, explicando que “esta abordagem mais orientada” permite maximizar o impacto em termos de investimento total apoiado.
“Trata-se de um investimento mais focado e mais inteligente”, acrescentou o gestor.
A percentagem histórica de 31% do financiamento do BEI alocada a projetos de ação climática, que não só transformam os mercados energéticos da Europa, como também atenuam os efeitos das alterações climáticas e ajudam as populações das regiões mais atingidas pelas mesmas a adaptarem-se aos seus efeitos, foi destacada como “muito importante” na conferência de apresentação dos resultados do Grupo BEI.
De acordo com o presidente do Grupo BEI, agora que a Europa coloca uma ênfase especial na ação climática, o banco da UE decidiu reforçar o seu papel de “banco do clima” da União Europeia.
“Estamos a reforçar a nossa ação climática. O banco da UE desempenha um papel fundamental no Pacto Ecológico Europeu anunciado pela nova Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen”, rematou Werner Hoyer.
Em 2019, o Grupo BEI aprovou “os mais ambiciosos objetivos em matéria climática de todos os bancos multilaterais de desenvolvimento do mundo”, refere o documento apresentado, que destaca ainda que o BEI quer consagrar 50% do seu financiamento à ação climática e à sustentabilidade ambiental a partir de 2025.
A ação climática “não nos fará desviar a atenção da nossa missão principal, que é a coesão”, afirmou o presidente do grupo BEI, acrescentando que os investimentos na área da coesão económica e social representaram 30% do financiamento do banco no ano passado.
O Grupo BEI obtém o financiamento para as suas atividades no mercado de capitais mundial e beneficia de uma notação de risco ‘AAA’ (nota máxima)
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