Portugal enfrenta primeiro teste da DBRS em 2017 a 21 de abril

21 de abril e 20 de outubro. Portugal já conhece o seu calendário de 2017 sobre as importantes decisões de rating da DBRS, a agência de notação financeira canadiana que mantém as obrigações portuguesas qualificadas para o programa de compra de dívida do Banco Central Europeu (BCE).

Atualmente, a DBRS atribui uma notação de BBB (low), bem como um outlook estável para o risco de crédito da República, o que deixa os responsáveis do Tesouro português mais confortáveis relativamente à evolução da notação de risco de Portugal até pelo menos abril.

A estabilidade das perspetivas da agência para o país significa que não prevê mudanças no rating nos próximos meses. Além disso, antes de efetuar qualquer alteração ao rating, a DBRS costuma sinalizar com bastante antecedência como vai proceder na próxima decisão.

Aquilo que a DBRS decide assume particular importância para o caso português. A agência canadiana é a única entre as principais agências mundiais a considera a dívida portuguesa acima do patamar de lixo, garantindo deste modo a elegibilidade dos títulos portugueses para o plano de aquisição de dívida pública do banco central. E com isto Portugal consegue melhores condições de financiamento junto dos investidores internacionais quando emite dívida.

Se não fosse o chamado “efeito BCE”, Portugal estaria neste momento a pagar acima de 5% de juros. Esta seria a taxa de juro justa, tendo em conta os fundamentais da economia, em vez dos atuais juros em torno de 3,7% que a República está a pagar.

Na última decisão de rating, a DBRS revelou que a meta de crescimento económico prevista pelo Governo português é “otimista”, destacando, ainda assim, o reforço do setor financeiro e a execução orçamental como pontos mais fortes que sustentaram a manutenção da notação.

(Notícia em atualizada às 10h42)