PRA: Da integração de uma nova firma à criação do cargo Of Counsel

A PRA integrou recentemente a firma José Manuel Mesquita & Associados e o primeiro Of Counsel. Com quase 20 anos de atividade, Pedro Raposo garante que a sociedade está pronta as próximas décadas.

A PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados integrou a firma José Manuel Mesquita & Associados na sua estrutura. Uma aposta que reflete a procura de “novas oportunidades” que a sociedade tem pugnado de forma a aumentar a qualidade, garante Pedro Raposo, presidente do conselho de administração.

“O principal objetivo foi, portanto, continuar a crescer aproveitando a excecional experiência do José Manuel Mesquita e da sua equipa”, nota Pedro Raposo à Advocatus.

Mas a fusão com o escritório de Lisboa não foi a única novidade. A PRA criou ainda uma nova função na sociedade, a de Of Counsel, que foi atribuída a José Manuel Mesquita.

“Para que continuemos a crescer a dois dígitos, ao nível de faturação e clientes, como temos aliás feito ininterruptamente ao longo dos últimos vinte anos, o crescimento não pode ser só orgânico e é necessário consolidar as equipas e agregar novas experiências”, refere o presidente do conselho de administração.

Pedro Raposo, presidente do conselho de administração da PRAHugo Amaral/ECO

Mas a fusão com a José Manuel Mesquita & Associados não é uma novidade para a PRA. A sociedade já se tinha juntado às firmas Sá Miranda & Associados e Almeida Correia, Ney da Costa & Associados, em 2015, e segundo Pedro Raposo assumiram “vários riscos”, sendo que a “maioria deles estavam calculados”.

Nos últimos cinco anos mais do que duplicámos a nossa faturação, consolidámos muito a nossa posição no mercado e temos catorze sócios absolutamente solidários entre si, que nunca tiveram qualquer divisão nas decisões estratégicas tomadas”, nota o advogado.

Nos últimos cinco anos mais do que duplicámos a nossa faturação, consolidámos muito a nossa posição no mercado e temos catorze sócios absolutamente solidários entre si.

Pedro Raposo

Presidente do conselho de administração da PRA

Com presença em Lisboa, Porto, Açores, Algarve e Leiria, Pedro Raposo considera que o serviço é o mesmo independentemente da localização e que cada mercado tem as suas particularidades. “Hoje em dia os desafios que se colocam a uma empresa de Leiria ou do Algarve já não são assim tão diferentes dos de uma sociedade de Lisboa ou do Porto”, acrescenta.

Com quase 20 anos de atividade, o balanço é positivo, sendo um período de “crescimento” e desafios. Começaram em 2001 com apenas duas pessoas e atualmente já somam mais de 150 profissionais. Em conversa com a Advocatus, Pedro Raposo explicou o processo de crescimento da firma, referindo que o primeiro passo foi criar uma “massa crítica” para que chegassem a todas as áreas do direito com respetivos profissionais.

Escritório de Lisboa da PRAHugo Amaral/ECO

Posteriormente, o objetivo foi o “desenvolvimento territorial” através da abertura dos cinco escritórios e garantindo que todos detivessem a “mesma forma de funcionamento e qualidade de serviço”. Segundo o presidente do conselho de administração, a implementação do Sistema de Gestão da Qualidade, que dura há dez anos, foi essencial para a prossecução deste objetivo.

O último passo foi a consolidação e profissionalização através da “formação avançada” dos advogados e pela “implementação de um modelo de governance”. “Basta comparar a dimensão das sociedades de advogados que existiam em 2001 com a realidade do nosso mercado atual e com aquela que é a dimensão da PRA e é fácil de perceber que, 20 anos volvidos, atingimos uma realidade que era na altura verdadeiramente impensável”, assegura Pedro Raposo.

Pedro Raposo, presidente do conselho de administração da PRAHugo Amaral/ECO

Organizada numa lógica de full service e apesar de todas estarem bastante equilibradas, as áreas mais fortes e com maior crescimento da PRA foram a de corporate, “quer nas operações quer na litigância”, concorrência e direito público.

Mas como vão estar daqui a 20 anos? O presidente do conselho de administração garante que o resultado está dependente dos sócios, sendo que os objetivos atuais passam pelo crescimento das várias áreas, do número de profissionais, clientes, faturação e escritórios. Outro dos objetivos é a institucionalização e profissionalização da sociedade, de forma a acompanhar os clientes nas próximas duas décadas.

A marca PRA será, estou convencido, um legado para pelo menos os próximos 20 anos – forte na intervenção jurídica, na dimensão humana e financeira e sempre inovadora”, reflete Pedro Raposo.

Pedro Raposo, presidente do conselho de administração da PRAHugo Amaral/ECO

Questionado sobre o principal desafio que enfrentam atualmente, garante que o essencial é que não faltem desafios e que não se acomodem. Ainda assim referiu a manutenção de talentos, a implementação de novas ferramentas de trabalho e o desenvolvimento de planos de carreiras para gerações diferentes e díspares como alguns exemplos. “A sofisticação e desenvolvimentos dos nossos clientes obrigam-nos a um permanente desenvolvimento técnico e organizativo, desafiando-nos todos os dias a sermos cada vez melhores. A globalização o digital e o processo de internacionalização da PRA são temas que fazem parte das reflexões estratégicas da sociedade”, explica o advogado.

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