OPEP quer baixar produção de petróleo. Prepara corte de 600 mil barris por dia

Procura petrolífera caiu drasticamente por causa do impacto do coronavírus, afundando preços. Principais produtores deverão cortar ainda mais produção para estabilizar o mercado.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e aliados preparam um corte significativo na produção para estabilizar os preços do barril de petróleo nos mercados internacionais por causa do impacto do coronavírus.

Em cima da mesa estará a redução da produção em mais 600 mil barris por dia a partir do segundo trimestre, segundo fontes citadas pela Reuters. Menos oferta de petróleo levará a um aumento dos preços. Alguns países como a Arábia Saudita estão a pedir cortes na produção ainda mais drásticos, na ordem do milhão de barris diários.

Adicionalmente, os principais produtores deverão prolongar os atuais cortes na produção até final do ano. A OPEP e outros países produtores como a Rússia (conhecido como a OPEP+) já tinham decidido cortar 2,1 milhões barris por dia desde o início do ano até final de março. Querem agora prolongar por mais nove meses. As medidas estão a ser discutidas esta semana em Viena, na Áustria, onde a OPEP está sediada.

“Vamos discutir a possibilidade de um novo corte substancial ao eliminar do mercado quantidades que não estão a ser consumidas devido ao coronavírus”, disse o ministro do Petróleo da Argélia que preside à OPEP, Mohamed Arkab, citado pela Reuters.

Esta reunião surge depois de os preços do ouro negro terem afundado nas últimas semanas. O surto do coronavírus provocou o fecho de muitas fábricas na China, suspendeu a produção em fábricas em todo o mundo e reduziu o número de viagens internacionais. Perante o abrandar da economia, a procura petrolífera caiu, pressionando as cotações da matéria-prima nos mercados.

Em fevereiro, o preço do crude afundou 13%. Desde o início do ano já cai mais de 20%. Está a cotar atualmente nos 47,49 dólares, quando há dois meses estava nos 61 dólares. O Brent também regista uma desvalorização acentuada, de mais de 20% desde o início do ano, estando a negociar nos 52,38 dólares por barril.

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