Wall Street assusta-se com estado de emergência decretado na Califórnia
Coronavírus voltou a influenciar negativamente o sentimento dos investidores. As principais praças norte-americanas afundam 2,5%.
A recuperação durou pouco em Wall Street. Após uma sessão de fortes ganhos, as principais praças norte-americanas voltaram a terreno negativo. Afundam cerca de 2,5% depois de a Califórnia ter decretado estado de emergência devido ao coronavírus, que já infetou mais de 95.000 pessoas, das quais 3.254 morreram e mais de 51.000 curaram-se.
O Senado norte-americano aprovou uma linha de apoio financeiro de 8,3 mil milhões de dólares para combater o impacto do vírus na economia do país, no mesmo dia em que Joe Biden se tornou o candidato democrata mais forte às presidenciais norte-americanas, em novembro. A força que as duas notícias deram às bolsas foi, no entanto, de novo ofuscada pelos receios da epidemia.
Morreram 11 pessoas nos EUA devido ao coronavírus e a Califórnia declarou estado de emergência, tal como outros estados, incluindo Chicago, também já tinha feito. Devido aos receios, índice industrial Dow Jones afunda 2,53% para 26.406,64 pontos, o financeiro S&P 500 tomba 2,47% para 3.052,92 pontos e o tecnológico Nasdaq perde 2,43% para 8.799,09 pontos.
As companhias aéreas estão a ser especialmente penalizadas após um aviso da International Air Transport Association sobre o potencial impacto da epidemia nas vendas de viagens de avião. A estimativa da associação aponta para uma quebra de 113 mil milhões de dólares nas receitas das companhias. A American Airlines afunda 8%, a Delta Air Lines cai 6,35%, a Southwest Airlines perde 5% e a Spirit Airlines desvaloriza mais de 10%.
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