Como ajudar o seu vizinho em tempos de coronavírus

O país está de quarentena e a sociedade civil não fica indiferente. Um pouco por todo o país começam a surgir projetos de voluntariado para ajudar a população isolada ou em maior risco de contágio.

Ir às compras, à farmácia ou dar ajuda no que for necessário aos vizinhos idoso, isolados, ou que fazem parte de um grupo de maior risco de contágio do novo coronavírus. Nos últimos dias, com a ajuda das redes sociais, a sociedade civil mobilizou-se para ajudar, de forma segura, quem mais precisa, um pouco por todo o país.

O projeto SOS Vizinho foi criado durante um fim de semana, remotamente, depois do desafio lançado por Henrique Paranhos, fundador da empresa portuguesa 100% remota WEBrand Agency, no seu LinkedIn. O objetivo desta plataforma é identificar os grupos de risco e os doentes em cada região e criar uma rede de voluntários a nível nacional. Só precisa de se inscrever na página oficial.

O projeto conta com mais de 50 especialistas de várias pontos do país, entre juristas, enfermeiros, profissionais das áreas de logística, jurídica e compliance, web developers, etc..

O movimento de voluntários Vizinho Amigo também surgiu na passada sexta-feira e já tem mais de 3.500 voluntários inscritos. O objetivo da plataforma é agregar voluntários e ser uma base de dados de voluntários em todo o país que possa servir entidades como juntas de freguesia.

 

Ao inscrever-se na plataforma, recebe um cartaz editável que pode colar no seu prédio.

Juntas de freguesia criam soluções, de norte a sul

A Junta de Freguesia de Campolide, em Lisboa, mobilizou-se para ajudar os 16.000 habitantes da freguesia — entre eles 8.000 com mais de 65 anos — e criou o movimento de assistência com voluntários para ajudar quem faz parte de grupos de maior risco de contágio. Além disso, prestam serviços aos animais de estimação, para quem não pode levá-los à rua em tempos em que o isolamento social é recomendado. Para se inscrever como voluntário, pode aceder à linha telefónica criada para o efeito através do 938 934 090.

Já tivemos pedidos e estamos a preparar esta linha telefónica, acima de tudo, para fases subsequentes que sejam mais duras e em que este serviço se torne ainda mais imprescindível

André Couto

Presidente da Junta de Freguesia de Campolide

“Já tivemos pedidos e estamos a preparar esta linha telefónica, acima de tudo, para fases subsequentes que sejam mais duras e em que este serviço se torne ainda mais imprescindível”, sublinha André Couto, presidente da Junta de Freguesia de Campolide.

A partir desta terça-feira, 17 de março, a Junta de Freguesia de Benfica também tem disponível um serviço de entrega de compras ao domicílio para doentes crónicos, utentes do atendimento social e pessoas com mais de 60 anos.

A Impac’tu, associação de jovens universitário do Porto, criou o Porta de Impacto, para garantir que os bens essenciais chegam à população em maior risco de contágio naquela região.

A Sul, em Portimão, a junta de freguesia criou o movimento “Nós Vamos Por Si”, para ajudar a população residente na freguesia com mais de 65 anos.

A partir da linha telefónica, pode inscrever-se como voluntário e ir à farmácia, ao supermercado ou ao mercado comprar os bens essenciais para os residentes que não podem sair de casa.

Esta segunda-feira, a deputada do PSD e candidata à liderança da JSD, Sofia Matos, lançou a plataforma “Ajudar é Contigo, que quer cumprir o mesmo propósito e abranger todo o continente e ilhas. Se precisa de ajuda, ou quer ser voluntário, deve preencher o formulário disponível na página oficial.

Em Portugal, há 245 casos confirmados do novo coronavírus, segundo os dados divulgados este domingo pelas autoridades de saúde.

Notícia atualizada às 14h40 com mais informação.

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