Francisco Calheiros: “Nenhuma pandemia durará para sempre, é preciso manter a frieza”
Antes de entrar em teletrabalho, a Confederação do Turismo Português acertou "os detalhes da operação" para que se mantivesse 100% operacional neste tempo "crítico" para o setor.
O turismo está já a sofrer com o surto de coronavírus, mas Francisco Calheiros salienta que, neste momento, o importante é manter “a frieza e o sentido de responsabilidade”, protegendo os postos de trabalho e apoiando as empresas. Isto porque “nenhuma pandemia durará para sempre”.
O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP) é um dos muitos portugueses que estão a trabalhar a partir de casa e é mais um dos entrevistados da nova rubrica diária do ECO chamada Gestores em Teletrabalho.
“Infelizmente, e face ao período difícil em que nos encontramos, todos temos de adotar novas rotinas pessoais e profissionais. No meu caso, encontrou-me em regime de teletrabalho, bem como toda a minha equipa da CTP”, explica Francisco Calheiros, referindo que as deslocações à sede da confederação só estão a acontecer “em caso de estrita necessidade”.
“Todas as reuniões, por exemplo, com associados e parceiros, de Comissão Permanente de Concertação Social, com governantes e outras estão a ser feitas por videoconferência. Naturalmente que também não participo em congressos, conferências ou feiras de turismo, que têm vindo a ser cancelados ou adiados”, frisa.
Antes de entrar neste regime de trabalho remoto, a CTP já tinha reforçado o equipamento informático e acertado os “detalhes desta operação” de modo a garantir que, mesmo com os trabalhadores à distância, ficaria 100% operacional, neste momento difícil para o setor que representa.
“Sabíamos que o turismo seria uma das primeiras atividades a sofrer o impacto desta pandemia e que era essencial estarmos 100% operacionais para apoiar os nossos associados. As solicitações e os pedidos de apoio e esclarecimento aumentaram substancialmente, sobretudo no que se refere às medidas extraordinárias que vão sendo anunciados pelo Governo”, avança Francisco Calheiros. “A nossa prioridade é ouvir os nossos empresários, apoiá-los nas suas necessidades e representá-los junto dos decisores, neste momento crítico para o turismo e para o país”, acrescenta.
União Europeia deve “manter espírito de tolerância”
O presidente da CTP prevê que “seguramente a economia nacional irá sofrer graves consequências” desta pandemia, já que “praticamente todos os setores de atividade [estão] parados”. E não será só Portugal. “Infelizmente, não estamos sozinhos neste infortúnio: a ameaça é global e atinge quase todos os países do mundo”, salienta.
Ao ECO, Francisco Calheiros diz que, apesar desse cenário negro, é importante neste momento “manter a frieza e o sentido de responsabilidade, proteger os cidadãos e os postos de trabalho, apoiar as nossas empresas e estar preparados para a retoma“.
E tal proteção não cabe só aos empresários nem ao Executivo. “Esta é uma missão que nos cabe a todos”, afirma. Incluindo à União Europeia, defende Calheiros. A UE “deve manter o espírito de união e tolerância que está na sua essência”, remata.
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