Lucros da REN sobem 2,8% para 119 milhões de euros em 2019. Dá dividendo de 17,1 cêntimos por ação
Para estes resultados contribuíram a melhoria nos resultados financeiros e uma contribuição positiva da operação no Chile, explicou a empresa.
Os lucros da REN – Redes Elétricas Nacionais subiram 2,8% para 119 milhões de euros em 2019, mais 5,2 milhões em comparação com 2018, de acordo com um comunicado enviado esta quarta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Quanto ao resultado líquido recorrente atingiu os 144,8 milhões de euros, o que significa um crescimento de 5,5%.
“Este aumento decorreu de resultados financeiros melhores, de impostos mais baixos [79,2 milhões, ‐5,4%] e da contribuição positiva do Chile, que também mitigou a performance do negócio doméstico, que foi penalizado pela redução da remuneração dos ativos”, explicou a REN na demonstração de resultados, frisando que “apesar deste cenário favorável, o pagamento da CESE [contribuição extraordinária sobre o setor energético] continua a ter um importante impacto nos resultados da REN“.
No ano passado a REN pagou 24,4 milhões de euros de CESE, menos 900 mil euros do que em 2018, quando este imposto valeu à empresa uma contribuição de 25,3 milhões de euros. “O imposto extraordinário sobre as empresas de energia (fez subir a taxa efetiva de imposto para 40,0%. Desde a sua introdução, em 2014, já foram pagos 152 milhões de euros“, disse a empresa.
De acordo com a REN, 2019 ficou marcado por uma produção renovável com níveis recorde, tendo sido a primeira vez que a produção fotovoltaica ultrapassou a marca anual de 1 TWh. A produção renovável abasteceu 51% do consumo nacional de energia elétrica e o carvão registou a quota mais baixa desde a abertura da Central de Sines. Também a utilização do terminal de GNL de Sines foi a mais elevada de sempre.
Quanto ao dividendo, e tendo em conta dos resultados de 2019, o Conselho de Administração da REN vai propor, na Assembleia Geral de Acionistas do próximo dia 7 de maio, o pagamento de um dividendo de 17,1 cêntimos por ação. “Este valor está em linha com o praticado nos anos anteriores e com a política de dividendos da REN”, diz a empresa.
No ano passado, o custo médio da dívida da REN manteve a redução iniciada em 2013, tendo ficado nos 2,1%, em comparação com os 2,2% de 2018. A dívida líquida aumentou 6,5% para 2.826 milhões de euros, devido à aquisição da Transemel, no Chile, em outubro. “2019 ficou marcado pela aquisição da chilena Transemel, que se juntou ao investimento feito em 2017 em 42,5% da Electrogas. Estas aquisições inserem-se no Plano Estratégico da REN, uma estratégia de crescimento conservadora. Com este reforço da internacionalização da empresa não se altera a principal prioridade da REN, a operação em Portugal“, referiu a REN.
O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) foi de 486,2 milhões de euros, uma redução de 1,2% (6 milhões). A remuneração da base de ativos decresceu 11,4 milhões, devido à redução da base de ativos regulada e das taxas de juro das Obrigações de Tesouro portuguesas. Ainda assim, esta redução foi atenuada pela evolução favorável dos resultados da Electrogas e pelo início da consolidação da Transemel (2,5 milhões).
O EBITDA de 2018 incluiu a venda extraordinária do negócio de GPL (4 milhões), também com impacto na comparação com 2019;
O investimento e as transferências para exploração aumentaram para 188,6 milhões e 190,6 milhões, respetivamente, com destaque para o setor da eletricidade (74,7% e 79,6% do total).
Notícia atualizada
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