Sete em cada 10 startups nacionais já sofrem com covid-19

Cerca de 44% das startups registou neste período perdas de vendas superiores a 60%, revela estudo da Aliados Consulting em parceria com a FES Agency.

Mais de sete em cada dez startups portuguesas já estão a sofrer o impacto negativo nos seus negócios, provocado pelo surto de covid-19, que já infetou centenas de milhares de pessoas em todo o mundo. A conclusão é de um inquérito feito pela Aliados Consulting em parceria com a FES Agency, e que acrescenta que 60,3% das startups acredita que a situação venha a piorar. Para 44,9% dos inquiridos, o possível encerramento da sua startup é uma preocupação.

De acordo com o estudo “O ecossistema de empreendedorismo português e o covid-19”, em 43,9% das startups as perdas nas vendas são superiores a 60%. “Nos últimos anos, as startups e o ecossistema de empreendedorismo têm sido um desígnio nacional e uma aposta forte do governo nacional e dos governos locais. Estas empresas são fontes de inovação e de competitividade, pelo que continuar a apoiá-las neste momento difícil é, não só crucial para a sua sobrevivência, como também para a futura competitividade do país”, explica Inês Santos Silva, diretora executiva da Aliados Consulting, sobre a realização do inquérito.

Nesse sentido, o documento deverá servir também para sensibilizar para os problemas que as startups estão a enfrentar e para possíveis soluções específicas para estas empresas. “Quer se trate de financiamento de curto prazo ou novas medidas que incentivem business angels e VC’s a continuarem a investir“, assinala.

Ainda que o cenário seja pouco animador, a maioria das startups não considera ainda cortes de salários (70,5%) nem despedimentos (75,6%). Do total de startups entrevistadas, apenas 6,4% afirma que o impacto do coronavírus teve reflexos positivos nas vendas, tratando-se, na sua maioria, de negócios relacionados com a saúde e o bem-estar. Mais de metade da amostra (53,8%) está envolvida na criação de soluções para mitigar o COVID-19.

No inquérito participaram 78 empreendedores, CEOs e diretores, com escritórios em Portugal. As perguntas foram realizadas entre 21 e 24 de março deste ano. A maioria das startups pertence aos distritos de Lisboa e Porto e tem até 10 colaboradores.

Quando questionados sobre que medidas o governo pode adotar para apoiar as startups na situação atual, os inquiridos focaram lay-off simplificado imediato e sem requisitos; critérios de acesso ao financiamento, alinhados com a situação específica das startups; rondas de financiamentobridge rounds – apoiadas pela Instituição Financeira de Desenvolvimento; incentivos fiscais e de outra natureza para que capitais de risco e business angels continuem a investir; aceleração dos pagamentos e reembolsos do financiamento obtido via Portugal2020; isenções fiscais e redução da carga contributiva a curto e médio prazo.

 

 

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