Covid-19: BCE saúda medidas de apoio já tomadas por numerosos governos

  • Lusa
  • 26 Março 2020

BCE adianta que as medidas como as garantias de crédito são necessárias para complementar e reforçar as medidas de política monetária aprovadas pelo Conselho de Governadores.

O Conselho de governadores do Banco Central Europeu (BCE) deu esta quinta-feira “as boas-vindas” às medidas que já foram tomadas pelos governos “para assegurar recursos suficientes ao setor da saúde e para dar apoio às empresas e setores atingidos”.

No boletim económico, publicado esta quinta-feira, o BCE adianta que as medidas como as garantias de crédito são necessárias para complementar e reforçar as medidas de política monetária aprovadas pelo Conselho de Governadores.

O BCE considera que “a pandemia de coronavírus representa uma emergência de saúde pública coletiva que teve poucos precedentes na história”.

É também um choque económico extremo que requer uma reação política ambiciosa, coordenada e urgente em todas as frentes”, adianta o BCE no boletim.

Por isso, o BCE decidiu a semana passada comprar até finais do ano dívida pública e privada da Zona Euro no valor de 750.000 milhões de euros.

Anteriormente, o BCE já tinha decidido adquirir, também até ao final do ano, dívida no valor de 120.000 milhões de euros e desde novembro está a comprar títulos a um ritmo mensal de 20.000 milhões de euros.

Portanto, o BCE vai comprar este ano dívida da Zona Euro no valor de 1,1 biliões de euros.

O BCE vai continuar a comprar dívida soberana segundo a participação de capital dos bancos centrais nacionais no BCE, mas com flexibilidade, o que permitirá que haja flutuações nas compras ao longo dos meses entre as distintas classes de ativos e entre países.

O BCE também adquirirá dívida soberana da Grécia, embora não possua um grau de investimento, pelo que as obrigações soberanas gregas estão isentas de preencher os requisitos de admissão.

Além disso, o BCE aceitará mais ativos na compra de títulos corporativos, o que lhe permitirá adquirir notas promissórias, embora devam ter qualidade de crédito suficiente.

O BCE também abrandará os critérios de aceitação de garantias nas operações de financiamento para incluir empréstimos para financiar o setor empresarial.

O BCE sublinhou que depois dos prémios de risco de Itália, Espanha e Grécia terem disparado “não tolerará riscos que afetem a transmissão suave de sua política monetária” em qualquer país da Zona Euro.

A pandemia do novo coronavírus aumentou as taxas de juro da dívida pública nos prazos mais longos.

A curva da taxa de juros livre de risco subiu e as curvas soberanas, que são fundamentais para fixar o preço de todos os ativos, aumentaram em todo o mundo e mostraram maior dispersão, segundo o BCE.

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