Marcelo antecipa “queda monumental” do PIB. Pede resposta rápida à União Europeia

Marcelo Rebelo de Sousa antecipa que o PIB vá sofrer uma "queda monumental" e, por isso, é necessário que haja uma resposta rápida por parte da União Europeia.

O Presidente da República diz que o PIB vai registar uma “queda monumental” e que esta crise é uma “experiência nova”, mais dura que as crises anteriores. Face a esse panorama, Marcelo Rebelo de Sousa pede à União Europeia que tenha uma resposta rápida e prática, e não apenas na teoria, aos desafios económicos.

“Vai ser necessário uma reconstrução económica e social em todos os países europeus”, admitiu Marcelo, ressalvando que para já a prioridade é resolver o problema de saúde pública. “Quando chegar a outra prioridade [a economia], espero que estejamos o mais unidos possível para a enfrentar”, afirmou, em declarações transmitidas pela SIC Notícias a partir do Palácio de Belém.

[Teremos de] enfrentar aquilo que todos admitem: que vai haver uma queda do produto interno bruto (PIB) monumental em todos os países“, avisou, vincando a natureza desde crise de saúde como sendo “imprevisível, universal e de fim ainda indeterminado”, algo que “nunca tínhamos tido, é uma experiência nova”.

"Quando chegar a outra prioridade [a economia], espero que estejamos o mais unidos possível para a enfrentar.”

Marcelo Rebelo de Sousa

Presidente da República

As características desta crise levam o Presidente a alertar que, ao contrário do que aconteceu no passado, a União Europeia tem de atuar com rapidez: “Não se pode esperar 1, 2 ou 3 meses como alguns pensam para haver respostas“, avisa, argumentando que “é importante que a Europa tenha posições comuns fortes” dada a importância da pandemia e a necessidade de “acorrer” aos efeitos económicos e sociais. E fez questão de dizer que estas respostas têm de ser “no terreno” e não apenas em “teoria”.

Perante este cenário de crise, Marcelo foi também questionado se seria necessário um Governo de salvação nacional. Para o Presidente da República esse é um “exercício puramente especulativo”, rejeitando “congeminar sobre um futuro longínquo”. “Temos o Governo que temos, temos a unidade nacional que temos no Parlamento”, afirmou, assinalando a necessidade de “conjugar esforços” na luta contra o vírus. “Ainda temos muito a fazer até lá”, concluiu.

Renovar estado de emergência? “É prematuro dizer em termos”

No curto prazo, a prioridade do Presidente da República será decidir se o estado de emergência mantém-se ou não e, a manter-se, em que condições. Marcelo Rebelo de Sousa revelou que na quarta-feira ao final da tarde irá decidir e enviar um “determinado texto” ao Parlamento sobre esse tema. Os deputados deverão debater o assunto na quinta-feira, segundo a agenda da Assembleia da República.

Questionado sobre o cenário dado como certo — admitido recentemente pelo próprio primeiro-ministro — em que o estado de emergência é prolongado por 15 dias, Marcelo disse que é “prematuro estar a dizer em que termos” é que será renovado. “O que lá está chega ou é preciso ter mais alguma coisa?”, questionou, sem dar resposta e remetendo para a reflexão que vai ter nos próximos dias em conjunto com o Governo consoante as informações que vão ser dados pelos especialistas em saúde pública.

Ainda assim, ajustou as expectativas: “Esta é uma situação que está para durar durante muitas semanas”.

(Notícia atualizada às 18h08 com mais declarações)

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