AHRESP lança plataforma de monitorização do financiamento bancário

  • Lusa
  • 15 Abril 2020

Empresas podem registar a evolução do seu processo de financiamento na plataforma, beneficiando do apoio e acompanhamento da associação na ultrapassagem dos constrangimentos.

A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) anunciou a criação de uma Plataforma de monitorização de financiamentos bancários para apoiar as empresas do setor no acesso às linhas de crédito.

Através desta plataforma, que já está disponível no site da AHRESP, as empresas podem registar a evolução do seu processo de financiamento, beneficiando do apoio e acompanhamento da associação na ultrapassagem dos constrangimentos com que se venham a deparar durante este processo.

Em comunicado, a AHRESP refere que na base da criação desta plataforma esteve a incerteza que o surto de Covid-19 veio trazer ao futuro das empresas que operam nos setores da restauração e alojamento e “os constrangimentos gerados pelas linhas de financiamento”.

Assinalando que sempre alertou para as dificuldades no acesso às linhas de financiamento bancário e que defende como “melhor solução”, a “injeção de liquidez nas empresas, diretamente pelo Estado”, a AHRESP sublinha a necessidade de os apoios financeiros disponíveis chegarem “efetivamente às empresas” de forma urgente.

“No entanto, estes apoios têm-se cingido, na sua esmagadora maioria, a linhas de crédito acessíveis pela banca, o que traz vários constrangimentos para as nossas micro e pequenas empresas na obtenção de uma rápida injeção de liquidez na tesouraria”, refere a associação da hotelaria e restauração, indicando que a plataforma pretende apoiar as empresas a ultrapassar “todos os constrangimentos criados”, atuando junto das entidades competentes, dos bancos e do Governo.

A AHRESP refere ainda que continuará a exigir “novos modelos de financiamento, em condições mais favoráveis”, numa altura em que, de acordo com os resultados de um inquérito promovido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e Banco de Portugal (BdP), se verifica que as restrições impostas pela contenção da pandemia de Covid-19 colocam o alojamento e restauração como o setor que tem a percentagem mais elevada de empresas encerradas temporariamente (55%) e definitivamente (7%).

De acordo com aquele inquérito, divulgado na terça-feira, 37% das empresas reportaram uma redução superior a 50% do volume de negócios na semana de 06 a 10 de abril, 37% das empresas reportaram reduções no volume de negócios entre 10% e 50% e as empresas temporariamente encerradas reportam maioritariamente reduções superiores a 75%.

As microempresas e as empresas do setor do alojamento e restauração foram as que referiram mais frequentemente reduções superiores a 75% do volume de negócios.

O inquérito do INE e BdP indica ainda que mais de 80% das empresas mantinham-se em produção ou em funcionamento na semana passada, ainda que parcialmente.

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