Siza Vieira: Créditos estão a ser aprovados rapidamente. Problema é a “papelada”

Já foram aprovados 430 milhões das linhas de crédito para as empresas, mas dinheiro ainda não chegou. Siza Vieira diz que é urgente que chegue. Tem de entrar na caixa das empresas até ao fim do mês.

Depois de ter revelado que já tinham sido aprovados 430 milhões de euros das linhas de crédito prometidas para ajudar as empresas afetadas pela pandemia, Siza Vieira confirmou o que António Saraiva, presidente da CIP, tinha alertado: dinheiro ainda não chegou. O ministro Adjunto e da Economia diz que a banca está a aprovar os financiamentos rapidamente, que a garantia estatal também é rápida, mas o problema é “a papelada” para a formalização do crédito.

“Em relação às linhas de crédito, e estão operacionais há duas semanas, já tem operações aprovadas de 430 milhões de euros”, revelou Pedro Siza Vieira, durante a Grande Conferência Web – Liderança à Prova, organizada pelo Jornal de Negócios. Na Grande Entrevista na RTP3, o ministro da Economia repetiu o valor já aprovado do total das linhas de 6,2 mil milhões de euros autorizadas por Bruxelas. Lembrou que a primeira linha de 400 milhões e a do Turismo Portugal já esgotaram.

Apesar de aprovados estes financiamentos, Siza Vieira confirmou que o dinheiro não chegou ainda às empresas. “Há 430 milhões aprovados. Esse dinheiro ainda não chegou às empresas”, disse. Questionado sobre se a culpa disso não ter ainda acontecido é dos bancos, o ministro afastou responsabilidades.

Lembrando que “as garantias que o Estado concede são consideradas auxílios às empresas”, que têm de ser aprovadas, Siza Vieira diz que os bancos estão a aprovar os pedidos de crédito das empresas “em dois ou três dias” e que a SPGM, a entidade coordenadora da Garantia Mútua, demora outros “dois dias. Numa semana, o crédito está aprovado”. Depois falta a contratação, a papelada”, e é por isso que o dinheiro não chegou ainda às muitas empresas que precisam dele. Mas “temos bancos que dizem que conseguem fazê-lo em quatro dias”, do pedido à contratação.

É preciso que os bancos façam chegar o dinheiro às empresas.

Siza Vieira

Ministro Adjunto e da Economia

Siza Vieira diz “é preciso que os bancos façam chegar o dinheiro às empresas”. “Temos estado a acompanhar esses processos”, diz, salientando que é “critico que o dinheiro chegue rápido às empresas”. Até porque há contas para pagar no final do mês.

O ministro lembra que o Governo permitiu o “diferimento dos pagamentos à Segurança Social, mas têm de pagar um terço desse valor este mês. Empresas têm de pagar o lay-off. É crítico que o dinheiro chegue rápido às empresas”, reiterou o governante.

(Notícia atualizada às 23h45 com mais informação)

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