Pandemia vai cortar 40.000 milhões de euros às receitas fiscais em Espanha
O Governo espanhol deverá perder cerca de 18% em impostos este ano, a maior queda desde 2009, ano em que a perda foi de 17,7%.
A economia espanhola fechou 2019 com 212.808 milhões de euros arrecadados com impostos mas, este ano, o valor será mais baixo, diz o Cinco Días (conteúdo em espanhol). Com a crise provocada pelo novo coronavírus, os cofres do Estado espanhol vão perder cerca de 40.000 milhões de euros.
A perda já era esperada tendo em conta a contração da economia na sequência da pandemia. O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê uma quebra de 8% no PIB espanhol e agora, o Conselho Geral de Economistas (REAF) vem confirmar que, caso haja uma contração de 5% na economia espanhola, haverá uma perda de 40.000 milhões de euros em impostos já este ano. Um valor que, segundo a entidade, “é um colapso enorme”.
Caso se venha a confirmar esta estimativa, disse o secretário do REAF, citado pelo Cinco Días, o nível das receitas fiscais em Espanha atingirá o valor mais baixo desde 2013. Esta perda de 40.000 milhões seria equivalente a uma queda de 18,8% na arrecadação de impostos face aos números do ano passado. A maior descida até agora tinha acontecido em 2009, ano em que a crise cortou 17% das receitas fiscais (29.430 milhões de euros a menos).
Estes cálculos do REAF foram anunciados na mesma altura em que o FMI publicou o Fiscal Monitor, o relatório no qual olha para as contas públicas, que foi divulgado esta quarta-feira, onde prevê que a receita pública do Governo de Pedro Sánchez passe de 39,3% do PIB para 36,8% do PIB, ou seja, uma redução de mais de 30.000 milhões de euros. Por sua vez, os gastos deverão passar de 41,9% do PIB para 46,3% do PIB, o equivalente a um aumento de 55 mil milhões.
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