Na SPS o teletrabalho reforçou os “laços entre as várias equipas”
Pedro Malta da Silveira, managing partner da SPS, garante que na firma de advogados foram precisos apenas dois dias para colocar os profissionais a trabalhar remotamente em "pleno".
Na sociedade de advogados SPS também foi adotado o regime do trabalho remoto, de forma a conter a propagação da pandemia do Covid-19. Sociedades com a SRS, VdA, Abreu Advogados, PLMJ e Cuatrecasas também se encontram em teletrabalho.
Entrevistado para a rubrica diária do ECO, Gestores em teletrabalho, Pedro Malta da Silveira, managing partner da SPS, conta que todas as pessoas da firma estão a trabalhar de casa, “com exceção dos serviços de receção e envio de correio”.
“Aquilo que começou por ser uma situação de emergência – as pessoas foram todas trabalhar para casa a partir dos dias 12 e 13 de março, mais de 100 pessoas – acabou por se revelar uma opção perfeitamente válida a qual, como provavelmente acontece com tudo, tem desvantagens mas igualmente enormes vantagens”, explica o managing partner.
Para Pedro Malta da Silveira, o distanciamento físico exigido criou nas pessoas uma “ansiedade positiva” de estarem juntas, o que possibilitou “reforçar os laços entre as várias equipas duma maneira até mesmo inesperada”.
“O uso de todas as ferramentas tecnológicas que nos permitem ‘estar juntos’, geraram nas pessoas uma atitude de partilha e de reforço conjunto muito enriquecedora. As tarefas profissionais, tal como acontece com a nossa organização pessoal em teletrabalho, são muito mais satisfatórias porque enriquecidas pelos nossos gostos e métodos pessoais”, assegura o líder da SPS.
O gestor exemplifica este reforço de laços entre equipas, com uma nova rotina que a sociedade de advogados adotou: antes de cada reunião virtual, os primeiros minutos são dedicados à partilha de assuntos pessoas, “seja a família, o confinamento, as últimas novidades sobre o Covid”.
Com a pandemia Covid-19 a provocar diversos constrangimentos por todo o país e por todos os setores, a SPS encontra-se sensibilizada com as circunstâncias e pugna no apoio aos clientes. Além da divulgação de toda a informação recorrente sobre as novidades legislativas relacionadas com o vírus, a sociedade de advogados tem ainda aprofundado o “modo como esta situação global se projeta nas várias realidades jurídicas”.
“Na verdade, temos sensibilizado os nossos clientes para a circunstância de que a verdadeira ‘brutalidade’ daquilo que está a acontecer no planeta, por via das regras gerais de direito e dos valores e interesses que as mesmas prosseguem, permite reequacionar todas as áreas dos seus negócios”, garante Pedro Malta da Silveira.
Uma firma de advogados mais tecnológica
A SPS, tal como muitas outras empresas, viu-se obrigada a adotar meios tecnológicos para prosseguir com a sua atividade laboral. Pedro Malta da Silveira assegura que na sociedade de advogados foram precisos apenas dois dias para “colocar todas as pessoas em casa, a trabalhar em pleno”. A razão apontada é a presente consciência da firma entre a conexão do “desempenho profissional e tecnologias de informação”.
“Sabíamos que tínhamos essas ferramentas mas não sabíamos que elas eram tão multifacetadas de modo a permitir a manutenção do trabalho sem descontinuidades. Note-se que o facto de todos os sócios e associados seniores serem fãs das novas tecnologias ajudou imenso”, assegura o managing partner.
Para o líder da SPS, a sensação de viverem sob ameaça de saúde e de “abaixamento económico” gerou nas várias equipas um efeito de reforço de grupo. “Esta reação de grupo à adversidade tem permitido à SPS evitar, nestas últimas semanas, uma curva pronunciada de abaixamento nos resultados económicos. Ela existe e será tanto maior quanto o estado de ‘quarentena económica’ se prolongue, mas temos perfeita noção que a nossa resiliência nas horas más irá permitir que as contas do escritório baixem menos do que se poderia temer”, conclui.
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