Crash no petróleo tira quase 6% à Galp. Lisboa perde 2%
Com apenas uma cotada no verde, a bolsa de Lisboa fechou em terreno negativo. Além da petrolífera, também o BCP e a Mota-Engil registaram fortes perdas.
A Galp Energia afundou na bolsa de Lisboa, a refletir o momento negativo que se vive no mercado petrolífero. No dia seguinte ao crash que atirou o crude WTI para valores abaixo de zero pela primeira vez na história, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva tombou 5,56% para 9,064 euros por ação.
O petróleo tem estado sob forte pressão. Após ter pedido todo o valor e entrado em “terreno” negativo, o crude WTI voltou a negociar positivo. Ganha 114,32% para 5,39 dólares. A ajustar-se, o Brent de referência europeia tomba 23,86% para 19,47 dólares.
Neste cenário, a Galp Energia acompanhou as perdas vividas por todo o setor: a BP perdeu 3%, a Repsol caiu 5,66% e a Royal Dutch 4,76%. Esteve também entre as maiores perdas num PSI-20, que fechou a sessão com uma desvalorização de 2,27% para 4.035,94 pontos e apenas uma das 18 cotadas em terreno positivo.
Empresa liderada por Gomes da Silva afunda à boleia do crude
Quedas maiores foram registadas apenas pela Mota-Engil — que tombou 7% para 1,092 euros por ação, após ter cancelado a distribuição de dividendos — e também pelo BCP, que afundou 5,64% para 0,092 euros.
Por todo o índice houve perdas expressivas. Os CTT afundaram 5%, a NOS 2%, a Navigator 1,90% e a Altri 1,85%. Já a EDP e a EDP Renováveis desvalorizaram 1,51% e 0,43% respetivamente, no dia em a eólica assegurou um novo Contrato de Compra de Energia com a Royal DSM para a venda da eletricidade a ser produzida por um portfolio de 59 MW1 de energia renovável. A exceção foi a Corticeira Amorim, que valorizou 0,23% para 8,71 euros.
“O mercado português terminou a sessão de hoje [terça-feira] em baixa, tal como as demais bolsas europeias”, dizem os analistas do BPI. “A queda do preço do petróleo voltou a afetar os mercados europeus. A maioria dos setores de atividade terminou em baixa, com destaque para a queda mais expressiva dos produtores de matérias-primas e as petrolíferas”.
Apesar de as notícias mais animadoras na frente sanitária, o vermelho foi generalizado. O Stoxx 600 perdeu 3,26%, enquanto o alemão DAX cedeu 2,7%, o francês CAC 40 desvalorizou 3,56%, o espanhol IBEX 35 caiu 3,95% e o britânico FTSE 100 recuou 1,95%.
(Notícia atualizada às 17h10)
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