Governo pondera abrir pequeno comércio a 4 de maio
De acordo com João Vieira Lopes, a hipótese que está estudada é a abertura do pequeno comércio a 4 de maio. A decisão final é tomada pelo Governo na próxima quinta-feira.
O próximo mês deverá ficar marcado pela reabertura da economia “de forma escalonada” e começando pelos estabelecimentos mais pequenos. Esta sexta-feira, à saída de uma reunião com o primeiro-ministro, o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, adiantou aos jornalistas que o que está estudado é a hipótese de alguns estabelecimentos — os mais pequenos e “de proximidade” — abrirem a partir de 4 de maio.
Em declarações transmitidas pela SIC Notícias, o líder da CCP afirmou que a abertura de alguns setores deverá se feita “de forma escalonada a partir do princípio de maio” e até ao fim do mês. João Vieira Lopes acrescentou, depois, que a hipótese que está prevista é que essa abertura aconteça já a 4 de maio, dois dias após o fim do atual estado de emergência (se não for renovado).
“Os estabelecimentos que abrirão nalguns setores, numa fase inicial, serão os de dimensão mais pequena”, detalhou Vieira Lopes. O represente do comércio e serviços explicou que a opção de abrir primeiro os estabelecimentos “de proximidade” serve para evitar “uma grande pressão de deslocações e aglomerações”.
A decisão final será tomada pelo Governo na próxima quinta-feira, dia 30 de abril, em função da evolução da pandemia e após terem sido ouvidos o Presidente da República, o presidente da Assembleia da República, os partidos políticos, os parceiros sociais, os serviços de saúde e os epidemiologistas.
Para João Vieira Lopes, é preciso que “haja regras claras e contenção” neste momento de eventual reabertura da economia.
À saída da mesma reunião, o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, disse que os primeiros 15 dias após o estado de emergência terão de ser marcados “por alguma transição para uma normalidade, que na verdade não é uma normalidade equivalente àquela que vivíamos antes da crise de Covid-19″.
“É muito importante termos a consciência de que, na primeira quinzena, devem ser observados especiais cuidados“, sublinhou o responsável, confirmando que a reabertura da economia deverá começar pelos estabelecimentos mais pequenos. João Torres salientou, por outro lado, que quando essa reabertura arrancar será acompanhada por um conjunto de restrições para evitar a ideia de que “vamos voltar à normalidade”, o que não vai acontecer “nos próximos meses”.
No debate quinzenal desta semana, o primeiro-ministro já tinha aberto a porta à aplicação de medidas de desconfinamento de 15 em 15 dias, assim que o estado de emergência for levantado. António Costa avisou, contudo, que o país tem de estar preparado para “recuar se for necessário”, acrescentando que “o novo normal” passará por ter de se usar máscaras nos transportes públicos e nas escolas e que os restaurantes terão uma lotação menor.
O estado de emergência foi renovado, pela segunda vez, a 16 de abril, com os votos a favor do PS, PSD, Bloco de Esquerda, CDS e PAN. Termina a 2 de maio. O Presidente da República disse esperar não ter de voltar prolongar esta medida.
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