Confiança dos consumidores franceses cai para nível mais baixo desde 1972
Num mês, as perspetivas sobre o nível de vida futuro em França desceram como nunca tinha acontecido, aumentando os receios sobre a evolução do desemprego.
A confiança dos consumidores franceses desceu ao nível mais baixo da série estatística iniciada em 1972, anunciou esta terça-feira o instituto nacional de estatísticas (INSEE).
O indicador obtido a partir de um inquérito aos consumidores realizado entre 27 de março e 18 de abril, em pleno confinamento em França na sequência da pandemia da covid-19, caiu oito pontos face ao mês anterior para os 95 pontos, ligeiramente abaixo do nível 100 que marca a média de longo prazo.
No seu comunicado, o INSEE publicou um gráfico com a evolução deste indicador desde 2000, no qual se pode ver que na anterior crise financeira a confiança dos consumidores se situou várias vezes abaixo dos 95 pontos e em 2013 chegou mesmo a descer até aos 90 pontos.
Em abril reduziu-se de forma acentuada a proporção de famílias que considera que é um momento oportuno para fazer compras importantes. Num mês, as perspetivas sobre o nível de vida futuro em França desceram como nunca tinha acontecido, aumentando os receios sobre a evolução do desemprego.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 210 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios. Os Estados Unidos são o país com mais mortos (56.164) e mais casos de infeção confirmados (cerca de um milhão).
Seguem-se Itália (26.977 mortos, quase 200 mil casos), Espanha (23.521 mortos, mais de 209 mil casos), França (23.293 mortos, cerca de 166 mil casos) e Reino Unido (21.092 mortos, mais de 157 mil casos).
Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.
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