Recuperação da procura faz disparar petróleo. Crude avança 13% em Nova Iorque
Sinais de que o excesso de petróleo nos EUA não está a crescer tão rápido quanto o esperado ao mesmo tempo que procura de combustível começa a subir ditam nova recuperação na cotação do "ouro negro".
Novo dia de recuperação para as cotações do petróleo nos mercados internacionais. As cotações do “ouro negro” estão a ser impulsionadas por sinais de que o excesso de petróleo nos EUA não está a crescer tão rapidamente quanto o esperado ao mesmo tempo que a procura de combustível afetada pelas restrições impostas pela pandemia está a começar a aumentar. Crude está assim a disparar 13%, no mercado norte-americano, enquanto o brent avança mais de 7%, estando já próximo da fasquia dos 25 dólares.
No arranque desta quinta-feira, o crude avança em Nova Iorque pelo segundo dia, com o preço do barril a disparar 13,28%, para os 17,06 dólares. Do lado de cá do Atlântico, o brent valoriza pelo terceiro dia no mercado londrino, somando 8,12%, para os 24,37 dólares.
A recuperação das cotações do petróleo acontece perante o alívio dos receios relativamente ao “transbordar” da capacidade de armazenamento de “ouro negro” em face dos efeitos da pandemia. Os últimos dados da Administração de Informação de Energia dos EUA apontam para que as reservas de de petróleo naquela economia tenham crescido 9 milhões de barris na semana passada, para 527,6 milhões de barris. Ou seja, bastante abaixo do aumento de 10,6 milhões de barris antecipado por analistas consultados pela Reuters.
Barril de brent avança rumo aos 25 dólares
As reservas de combustível registaram mesmo uma quebra de 3,7 milhões de barris em relação aos recordes da semana anterior, perante um leve aumento na procura de combustível, que permitiu compensar a recuperação na produção das refinarias.
“Se virmos uma manutenção dessa tendência nas próximas semanas, isso pode sugerir que o pior pode estar para trás no mercado de petróleo”, disse Warren Patterson, responsável pela estratégia de commodities do ING, citado pela Reuters.
Ainda assim, a Agência Internacional de Energia antecipou, esta quinta-feira, a expectativa de que a procura por energia a nível global pode cair num nível recorde de 6% este ano, em resultado do confinamento e da quase paragem de muitas economias ditadas pelo novo coronavírus.
(Notícia atualizada às 9h23)
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