Apesar das críticas, CGTP repetiria comemorações do Dia do Trabalhador
A CGTP garante que cumpriu as condições de distanciamento sanitário e de proteção da saúde dos participantes das celebrações do 1º de Maio, pelo que repetiria os eventos.
A CGTP comemorou o Dia do Trabalhador com vários eventos por todo o país, incluindo uma manifestação na Alameda, em Lisboa. As imagens das celebrações geraram muitas críticas, mas a secretária-geral da central sindical em causa garante que foram respeitadas todas as “condições de distanciamento sanitário e de proteção da saúde de todos os participantes”. Em declarações à SIC Notícias, Isabel Camarinha sublinha, por isso, que repetiria o evento nos mesmos moldes.
“O que nós realizamos foram iniciativas de participação limitada e foram garantidas as condições de distanciamento sanitário e de proteção da saúde de todos”, frisou a sindicalista, que referiu que foram “poucos os participantes”.
Numa altura em que o país acaba de sair de mês e meio de estado de emergência e vive agora em estado de calamidade por causa da pandemia de coronavírus, Isabel Camarinha justifica a opção da CGTP por um evento com a presença (física) de participantes com os desafios que se estão a colocar hoje aos trabalhadores. “A situação dos trabalhadores precisa de ser colocada para todos conhecerem e os trabalhadores precisam de ter voz“, defendeu a sindicalista, lembrando que o desemprego está a disparar e já são milhares os trabalhadores em lay-off.
Na última renovação do estado de emergência, o Presidente da República já tinha deixado claro que iria ser permitida a celebração do Dia do Trabalhador, desde que com o distanciamento físico necessário. Questionado agora sobre a opção da CGTP, Marcelo Rebelo de Sousa atira a responsabilidade pelo que se passou para as autoridades de saúde, já que foi delas que partiu o “sim” final à comemoração em causa. Ainda assim, o Chefe de Estado afirmou, esta segunda-feira: “A minha ideia era mais simbólica, como no fundo foi no 25 de Abril. Simbólica e restritiva”.
Entre os críticos das comemorações promovidas pela CGTP, está Rui Rio, que atirou, em declarações aos jornalistas: “Independentemente do aglomerado de pessoas, o que é mais escandaloso são as camionetas” que trouxeram participantes de outras localidades para a Alameda. O líder do PSD disse considerar que a “Igreja Católica tem mais juízo que a CGTP”, já que essa celebração não contará com a presença de peregrinos, face ao surto de Covid-19.
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