Mais de 100 mil portugueses pediram o subsídio de desemprego desde março

A Segurança Social já recebeu mais de 100 mil pedidos de subsídio de desemprego em pouco mais de dois meses.

Mais de 100 mil portugueses pediram para ter acesso ao subsídio de desemprego entre o início de março e esta terça-feira, um período que ficou marcado pelo confinamento da população para enfrentar a fase inicial da pandemia. Os dados foram atualizados esta terça-feira pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Foram requeridas 100.149 prestações de desemprego entre 1 de março e 5 de maio, período que inclui o mês e meio em que o país esteve sob o estado de emergência. O ritmo diário de entrada de pedidos de subsídio de desemprego foi superior a 1.500 nestes dois meses e poucos dias. Os números têm sido revistos de atualização em atualização consoante a chegada de mais dados.

O GEP apenas divulga o número de pedidos, sem revelar quais destes foram aceites e começaram efetivamente a ser pagos. Apenas é conhecido o dado que consta do portal da Segurança Social: no final de março havia 173.815 beneficiários do subsídio de desemprego. Este valor inclui também o subsídio social de desemprego inicial, entre outras prestações sociais semelhantes.

O número de pedidos de subsídio de desemprego desde 1 de março (até 4 de maio) fica aquém do número de pessoas que se inscreveram no IEFP como desempregados nesse mesmo período: 118.445 pessoas, segundo os dados do GEP. No entanto, o stock de desempregados só aumentou em 80.212 pessoas uma vez que também houve desempregados que deixaram de ser considerados como inscritos no IEFP. No total, esta terça-feira havia 373.228 desempregados inscritos no IEFP.

É de notar ainda que, além dos novos desempregados que terão acesso ao subsídio de desemprego, o Governo decidiu prolongar os subsídios que iriam caducar nestes meses da pandemia. No total, já foram prorrogadas 12.512 prestações de desemprego em março e abril.

As previsões apontam para uma subida acentuada do desemprego em 2020 dada a (quase) paralisação da economia por causa do coronavírus. A crise pandémica deverá levar a taxa de desemprego para os 11,7%, no cenário adverso do Banco de Portugal, ou para os 13,9%, segundo o Fundo Monetário Internacional. O Governo ainda não atualizou o cenário macroeconómico, devendo fazê-lo até ao final de junho.

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