Dívida alivia com pagamento antecipado ao FMI
Há um ano e meio que a dívida não descia em dois meses consecutivos. A queda deveu-se em parte à devolução antecipada de empréstimos ao FMI e à emissão das OTRV.
A dívida pública voltou a descer em novembro, para os 241,8 mil milhões de euros. É o segundo mês consecutivo a descer após ter atingido um máximo histórico em setembro.
A principal razão para a diminuição de 1,3 mil milhões de euros em relação a outubro é a devolução de uma tranche dos empréstimos do Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de 1,9 mil milhões de euros. Essa descida no endividamento foi em parte contrabalançada por “emissões líquidas positivas de títulos (0,5 mil milhões de euros), com destaque para a terceira emissão de obrigações do Tesouro de rendimento variável”, diz o Banco Central em comunicado.
A dívida pública na ótica de Maastricht — aquela que é o indicador mais importante a nível internacional — recuou assim de 244,4 mil milhões em setembro para 241,8 mil milhões em novembro, uma descida em dois meses consecutivos, o que já não acontecia desde março e abril de 2015.
Dívida pública volta a descer em novembro
A dívida líquida de depósitos também desceu no mês de novembro, passando para 223,7 mil milhões de euros.
Em novembro, quando foram divulgados os últimos dados trimestrais em que o Banco de Portugal calcula o peso da dívida enquanto percentagem do PIB, ficou a saber-se que até setembro se encontrava nos 133,08%. É um valor elevado que se encontra acima da meta do Governo para 2016 de 129,7% do PIB.
Notícia atualizada às 11.40 de 3 janeiro: Clarifica o papel das emissões de títulos e das OTRV no cálculo final da dívida.
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