Petróleo ganha 4,5%. AIE vê mais procura
A mobilidade nos países da OCDE e o levantamento de medidas de contenção devido à pandemia da covid-19 justificam a revisão em alta das estimativas da procura mundial de petróleo.
A Agência Internacional de Energia (AIE) reviu esta quinta-feira em alta as estimativas da procura mundial de petróleo que tinha feito em abril, ainda que mesmo assim preveja uma contração de 8,6% este ano face a 2019. Neste momento, o Brent, negociado em Londres, sobe 3,32% para 30,16 dólares, enquanto, em Nova Iorque, o WTI ganha 4,59%, para 26,45 dólares.
No relatório mensal, a AIE indicou que a mobilidade nos países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), que é maior do que o anteriormente previsto, e o levantamento de medidas de contenção devido à pandemia da covid-19, justificam esta revisão em alta, que se deverá concentrar essencialmente no segundo trimestre.
Entre abril e junho, o consumo global de petróleo bruto será de 79,3 milhões de barris por dia, ou seja, mais 3,2 milhões de barris diários do que a própria AIE tinha estimado em abril. Um número que, mesmo assim, estará longe dos 99,9 milhões de barris por dia, em média, em 2019, e demonstra o colapso do mercado devido à crise da covid-19.
Preço do barril de brent acelera em Londres
Do lado da oferta, a agência calcula que esta cairá 12 milhões de barris por dia para 88 milhões este mês, o nível mais baixo em nove anos. Um decréscimo explicado pelo acordo para reduzir a produção da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e seus aliados, liderados pela Rússia.
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