Juros implícitos do crédito da casa caem para novo mínimo. Taxa média foi de 0,947% em abril
A taxa de juro implícita no crédito à habitação fixou-se em abril nos 0,947%, voltando a retomar o percurso descendente após uma ligeira subida em março.
Após uma ligeira subida em março, os juros implícitos do crédito da casa retomaram o rumo descendente. Em abril, a taxa média da globalidade dos contratos fixou-se nos 0,947%, o valor mais baixo pelo menos desde o início de 2009, ocasião em que se inicia o histórico do Instituto Nacional de Estatística (INE).
“A taxa de juro implícita no crédito à habitação desceu para 0,947%, valor inferior em 5,1 pontos base ao registado no mês anterior. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro foi 0,891% (1,118% no período precedente)”, refere o INE nesta quarta-feira.
Para o destino de financiamento de aquisição de habitação — o mais relevante no conjunto do crédito à habitação — a taxa de juro implícita para o total dos contratos desceu para 0,964% (-5,5 pontos base face a março). Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para este destino de financiamento fixou-se em 0,882%, abaixo dos 1,115% verificados em março.
Juros implícitos no crédito da casa
Fonte: INE
O gabinete público de estatísticas explica que as taxas de juro implícitas são obtidas por quociente entre juros pagos e capital em dívida, razão pela qual diz que “as reduções das taxas, bem como da prestação média mensal, observadas em abril, poderão estar associadas às alterações decorrentes do regime de moratória“. Ou seja, a moratória aprovada pelo Governo no final de março e que veio permitir a suspensão, pelo prazo de seis meses, do pagamento, total ou parcial, da prestação mensal das famílias com o crédito à habitação.
No que respeita ao valor médio da prestação vencida, considerando a totalidade dos contratos, foi registada uma descida de 12 euros, para 237 euros, em abril. Deste valor, 42 euros (18%) corresponderam a pagamento de juros e 195 euros (82%) foi capital amortizado. Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio da prestação desceu 64 euros, para 272 euros.
Já o valor médio do capital em dívida aumentou. Para a totalidade dos contratos subiu 46 euros face ao mês anterior, fixando-se nos 53.886 euros, em abril. Para os contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 107.887 euros, mais 1.747 euros que em março.
(Notícia atualizada às 11h26)
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