Regina Duarte abandona Governo de Bolsonaro
A atriz Regina Duarte vai deixar o comando da Secretaria especial da Cultura para assumir funções na Cinemateca Brasileira. Decisão foi comunicada esta quarta-feira pelo Presidente brasileiro.
Pouco mais de dois meses depois de tomar posse, a conhecida atriz Regina Duarte vai deixar de dirigir os destinos da Cultura no Brasil para assumir funções na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. A decisão foi comunicada por Jair Bolsonaro, na rede social Twitter.
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Segundo o Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, esta decisão é justificada, pelo facto de a atriz sentir saudades da família, alegando, assim, motivos pessoais. Regina Duarte assumiu o comando da Secretaria especial da Cultura (o equivalente a ministra da Cultura em Portugal), a 4 de março de 2020. A atriz tinha sido escolhida para “pacificar” a relação do Governo com o setor.
Agora, Regina Duarte vai assumir funções na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, uma entidade responsável pela preservação da produção audiovisual brasileira e vinculada à Secretaria da Cultura.
A eventual saída de Regina Duarte já era levantada há algumas semanas pela imprensa brasileira, tendo em conta algumas decisões do Governo brasileiro. Entre as quais a renomeação do maestro e youtuber Dante Mantovani para dirigir a Funarte (Fundação Nacional das Artes) que tinha sido demitido por Regina Duarte logo no primeiro dia no cargo. Além disso, a entrevista concedida pela atriz à CNN Brasil no início do mês, em que esta desvalorizou a prática de tortura durante a Ditadura Militar, poderá ter sido a gota de água.
Num curto espaço de tempo, esta é a quarta saída de membros do Governo brasileiro. A 17 de abril, o antigo ministro da saúde Luiz Henrique Mandetta apresentou a demissão por discordar das medidas tomadas por Jair Bolsonaro relativas à contenção da pandemia no país. Madetta foi posteriormente substituído por Nelson Teich, que também se demitiu este mês na sequência de divergência com o Presidente.
Além disso, também Sergio Moro, antigo ministro da Justiça, apresentou a demissão depois de conhecidas as intenções do Presidente do Brasil de demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, que tinha sido nomeado por Moro e era um homem da confiança do antigo juiz da operação Lava Jato.
(Notícia atualizada às 15h02)
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