Caixa quer lançar novo processo de venda do negócio no Brasil
Paulo Macedo não gostou das propostas pelo Banco Caixa Geral Brasil e quer lançar novo concurso de venda. DG-Comp alinhou-se com o banco português: "A operação não tem de ser feita a qualquer custo".
Banco Luso-Brasileiro, do grupo Amorim, o Banco ABC Brasil e o fundo Artesia eram os três candidatos à compra do banco brasileiro da Caixa Geral de Depósitos (CGD), mas as propostas não agradaram à administração liderada por Paulo Macedo, que pretende agora lançar um novo concurso.
“Todos sabemos a situação que o Brasil atravessa. O que nós entendemos e fizemos uma proposta [ao acionista Estado] nesse sentido é que haveria vantagem de termos a possibilidade de auscultar outras entidades”, revelou Paulo Macedo durante a conferência de apresentação de resultados.
O CEO do banco público lembrou que a venda do Banco Caixa Geral Brasil “é um dos objetivos do plano estratégico”, mas a própria autoridade de concorrência europeia considera que a operação não tem de ser feita a qualquer custo. Há tempo para fechar a venda.
"Todos sabemos a situação que o Brasil atravessa. O que nós entendemos e fizemos uma proposta [ao acionista Estado] nesse sentido é que haveria vantagem de termos a possibilidade de auscultar outras entidades.”
“Quando falámos com a DG-Comp no dia 6 de março eles perceberam muito bem que a Caixa não está numa situação em que tenha de vender a todo o custo“, revelou Paulo Macedo.
“Basicamente temos de ver como se comporta a parte da procura por este tipo de ativos”, explicou ainda o presidente executivo da CGD.
A decisão de não aceitar as propostas pelo Banco Caixa Geral Brasil irá agora a Conselho de Ministros.
O banco do Estado anunciou esta quarta-feira uma quebra de 31,6% dos lucros para 86,2 milhões de euros, com as provisões para a crise do coronavírus a atingirem os 60 milhões de euros.
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